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ONU decide tirar maconha de lista de drogas mais perigosas

Brasil votou contra a proposta, ao acompanhar países como China, Egito, Nigéria, Paquistão e Rússia

CRÉDITO: GUILLEM SARTORIO / AFP CRÉDITO: GUILLEM SARTORIO / AFP
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Uma comissão da Organização das Nações Unidas (ONU) votou nesta quarta-feira 2 para remover a maconha da lista das drogas mais perigosas do mundo. A decisão pode abrir caminho para uma expansão da pesquisa e do uso medicinal da substância.

A votação da Comissão de Narcóticos, que tem sede em Viena e inclui 53 estados membros, considerou recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2019 sobre a reclassificação.

Para Steve Rolles, analista da Transform Drug Policy Foundation, a decisão significa o fim de uma classificação mais proibitiva e “é o reconhecimento de que tem uso médico”. “Isso vai facilitar acesso a remédios com base e pesquisa”, afirmou ao UOL.

Em 1961, a cannabis passou a figurar na Tabela IV da Convenção Única sobre Entorpecentes, em que foi listada ao lado de opióides perigosos e altamente viciantes como a heroína.

De acordo com especialistas, a votação não terá impacto imediato no afrouxamento dos controles internacionais porque os governos ainda terão jurisdição sobre como classificar a substância.

Muitos países buscam orientação nas convenções globais e o reconhecimento das Nações Unidas é uma vitória simbólica para os defensores da mudança nas políticas de drogas.

O Brasil votou contra a proposta, ao acompanhar países como China, Egito, Nigéria, Paquistão e Rússia. Na América Latina, os governos do Uruguai, Colômbia, Equador e México foram favoráveis, assim como EUA e Canadá.

A maconha para uso medicinal explodiu nos últimos anos e produtos contendo derivados de cannabis, como o canabidiol ou CBD, um composto não tóxico, inundaram a indústria do bem-estar.

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