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Netanyahu é acusado de corrupção, fraude e abuso de confiança

O primeiro-ministro de Israel, que nega as denúncias, pode pegar até dez anos de prisão pela acusação de corrupção

Benjamin Netanyahu (Foto: AFP)
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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, foi formalmente acusado nesta quinta-feira 21 por corrupção, fraude e abuso de confiança pelo procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit.

Benjamin Netanyahu, à frente da administração desde as eleições parlamentares de setembro, é suspeito de ter aceito ilegalmente cerca de 265 mil dólares em presentes e de oferecer vários benefícios em troca de uma cobertura mais favorável em um jornal e em um site de notícias israelense.

O líder do Likud, que nega ter cometido qualquer crime, pode pegar até dez anos de prisão pela acusação de corrupção e três anos para cada uma das duas acusações de fraude e abuso de confiança.

O anúncio, aguardado ansiosamente em Israel, ocorreu apenas algumas horas depois que o presidente do país mandatou o Parlamento para encontrar um novo primeiro-ministro, uma vez que nem Netanyahu nem seu rival, Benny Gantz, conseguiram formar um governo após as eleições de setembro.

Suborno?

A justiça israelense suspeita que Netanyahu cometeu peculato em três casos diferentes, incluindo “o caso Bezeq”, o mais sensível para Benjamin Netanyahu, que se tornou o mais longevo dos primeiros-ministros da história de Israel contabilizando 13 anos no poder.

Nesta acusação, a justiça suspeita que Netanyahu tenha concedido favores do governo que poderiam ter trazido um lucro de milhões de dólares ao chefe da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca da cobertura favorável de uma das mídias do grupo, o site Walla.

A decisão do promotor pode ter importantes consequências políticas, já que os parlamentares têm três semanas para encontrar um futuro primeiro ministro, capaz de unir pelo menos 61 dos 120 deputados do Knesset, o parlamento israelense.

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