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França decide neste domingo se Macron terá ou não maioria para governar

Os franceses vão às urnas neste domingo 19 para votar no segundo turno da eleição legislativa para deputado

O presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: Ludovic MARIN/AFP
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Os franceses vão às urnas neste domingo 19 para votar no segundo turno da eleição legislativa para deputado. Está em jogo a definição se o presidente Emmanuel Macron terá ou não maioria na Assembleia Nacional para governar em seu segundo mandato.

A aliança governista, Juntos!, luta para alcançar a marca de 289 deputados eleitos dos 577 postos em jogo neste pleito. Este é o número mágico que garante a maioria dos votos para que Macron possa passar na Assembleia Nacional seus projetos, como a reforma da Previdência.

No entanto, o resultado obtido no primeiro turno mostra um cenário muito concorrido em que tanto a aliança de esquerda, Nova União Popular, Ecologista e Socialista (Nupes), quanto os candidatos de direita podem conquistar cadeiras importantes na Assembleia, complicando o novo governo do centrista.

A aliança macronista e a coalizão de esquerda ficaram praticamente empatadas no total de votos no primeiro turno, realizado no último dia 12. Até agora, apenas cinco deputados foram eleitos, quatro da Nupes, grupo que reúne a França Insubmissa, os Verdes, os Socialistas e os Comunistas, e uma cadeira está garantida para a ala governista. Restam em disputa neste segundo turno 572 cadeiras.

As últimas estimativas apontam que o grupo Juntos! pode conquistar entre 252 e 292 postos. A margem parece estreita para que Macron obtenha a maioria absoluta.

As pesquisas mostram ainda que a Nupes, de esquerda, deve ganhar de 140 a 225 deputados, número insuficiente para que os partidos de esquerda tenham direito ao posto de primeiro-ministro, mas uma bancada forte o bastante para consolidar a oposição.

Nas estimativas, o bloco da direita liderado pelo partido Republicanos desponta como a terceira maior bancada da Assembleia, podendo ganhar entre 42 e 80 cadeiras.

Enquanto o partido de extrema direita de Marine Le Pen deve ampliar sua presença na Assembleia Legislativa, mas com número bem menos representativo. O Reunião Nacional pode conquistar, de acordo com as pesquisas, entre 20 e 50 cadeiras.

Abstenção vai ser decisiva

Durante a semana de campanha, os candidatos foram às ruas da França tentar convencer novos eleitores a participarem neste domingo. A forte abstenção do primeiro turno, de 52%, é a reserva de votos em que todos os partidos apostam para ampliar sua bancada na Assembleia.

A participação no primeiro turno foi especialmente baixa entre os mais jovens: três em cada quatro jovens de 18 a 24 anos não votaram na primeira etapa do pleito. Este é o grupo de eleitores no qual aposta a oposição para infligir uma derrota a Macron.

Caso o presidente não obtenha a maioria, seu governo terá de se sentar na mesa de negociação para colocar seus projetos em prática.

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