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EUA: Pandemia faz Biden liderar em estado que preferiu Trump em 2016

Wisconsin é um dos que podem definir a eleição presidencial norte-americana, junto com Michigan, Carolina do Norte, Arizona e Flórida

Donald Trump e Joe Biden
Donald Trump e Joe Biden. Fotos: JIM WATSON e SAUL LOEB/AFP Donald Trump e Joe Biden. Fotos: JIM WATSON e SAUL LOEB/AFP
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De acordo com a pesquisa realizada pelo instituto Ipsos para a agência Reuters entre 20 e 26 de outubro e divulgada nesta segunda-feira 26, Biden tem 53% das intenções de voto, contra 44% para Donald Trump. A vantagem registrada é de dois pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior. A diferença é que, agora, um terço dos entrevistados já votaram.

 

Junto com Pensilvânia, Michigan, Carolina do Norte, Arizona e Flórida, Wisconsin é um dos estados que podem definir a eleição presidencial norte-americana que acontece em uma semana. No entanto, esse pequeno estado no norte do país goza de um perfil imprevisível: atualmente, a região se resume a grandes cidades de maioria democrata, cercadas por zonas rurais de tendência republicana.

Com seus dez grandes eleitores, Wisconsin elege democratas desde 1984. Mas em 2016 seus eleitores ajudaram o Trump a conquistar a Casa Branca, com apenas um ponto à frente de Hillary Clinton.

Segundo especialistas, a questão sanitária será essencial neste pleito. O estado é um dos mais atingidos pela pandemia de Covid-19 e a gestão da crise poderá fazer a diferença nas urnas.

“A escolha dos eleitores se baseia antes de mais nada na afiliação política e no julgamento dos quatro anos de mandato. Mas um terceiro fator, mais importante, é o sentimento da população com relação ao coronavírus e a gestão da crise sanitária por Donald Trump”, explica Charles Franklin, professor de direito e políticas públicas na Universidade Marquette em Milwaukee, maior cidade de Wisconsin.

Covid preocupa mais que Black Lives Matter

Os produtores locais de leite sofrem com as disputas comerciais de Trump e os moradores ainda não esqueceram as manifestações depois da morte do afro-americano Jacob Blake, na cidade de Kenosha. Porém, “na hora de determinar as escolhas dos eleitores, considerações sobre a economia ou as manifestações como as do movimento Black Lives Matter, que aconteceram por aqui, não têm nem metade da importância que tem a gestão da pandemia pelo presidente”, avalia Franklin, que também dirige um instituto de pesquisas independente.

“Nós constatamos que os eleitores estão mais preocupados com o vírus, pois a quantidade de novos casos não para de crescer nos últimos 45 dias. Após ter conseguido manter o número de doentes relativamente baixo, eles quadruplicaram. E as mortes triplicaram”, lembra o professor.

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