Mundo

Em processo de impeachment de Donald Trump, advogados desistem do caso

Cinco advogados jogaram a toalha devido a divergências na estratégia de defesa do ex-presidente americano

Donald Trump
Presidente dos EUA Donald Trump. Foto: MANDEL NGAN / AFP Presidente dos EUA Donald Trump. Foto: MANDEL NGAN / AFP
Apoie Siga-nos no

Alguns dos advogados do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desistiram de defendê-lo às vésperas do início do julgamento do seu impeachment, informaram a CNN e outros meios de comunicação americanos no sábado 30. Por trás dos abandonos de causa estariam as divergências de estratégia na defesa do antigo inquilino da Casa Branca.

Ao todo, cinco advogados jogaram a toalha. E entre eles, dois advogados cotados para liderar a equipe de advogados do bilionário nova-iorquino: Butch Bowers e Deborah Barbier, de acordo com a mídia americana. Vale lembrar que o julgamento de Donald Trump por “incitamento à insurgência”, após a ocupação do Capitólio em 6 de janeiro por seus partidários, deve começar em 9 de fevereiro.

Essas tensões decorrem de divergências sobre as escolhas táticas do ex-presidente e seus advogados. Donald Trump quer que seus advogados continuem defendendo a tese da fraude eleitoral que levou à vitória de Joe Biden, em vez de focar na legalidade do processo contra um presidente que já está fora do cargo, afirma a CNN. Trump teria chegado a dizer que seu caso é muito simples e que ele mesmo poderia se defender.

O advogado pessoal do ex-presidente, Rudolph Giuliani, deixou claro que estaria pronto para defender seu cliente neste segundo julgamento de impeachment. A contrapartida é que ele mesmo pode vir a ser chamado como testemunha, uma vez que ele se dirigiu aos partidários de Donald Trump no dia de sua incursão ao Capitólio.

Em resposta à informação da imprensa, Jason Miller, assessor de Trump, marcou presença no Twitter: “Trabalhamos muito, mas ainda não tomamos uma decisão final sobre nossa equipe jurídica, faremos isso em breve”.

O julgamento acontecerá?

A abertura do processo de impeachment está prevista para 9 de fevereiro, mas com apenas cinco senadores republicanos prontos para se juntarem aos 50 senadores democratas. Considerando que, para que o julgamento aconteça, é necessária uma maioria de dois terços, ou seja, 67 senadores, que provavelmente não será alcançada, especifica a AFP.

Dezessete republicanos teriam que ficar do lado dos democratas para que Donald Trump fosse condenado após esse julgamento, enfatiza Anne Corpet, correspondente da RFI em Washington.

A votação de uma moção de censura, menos severa, requer o voto de pelo menos dez senadores republicanos para ter chance de ser aprovada, o que alguns consideram, no entanto, possível.

*Com informações de agências

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo