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Cuba acusa EUA de tentativas de ‘desestabilização’ com marcha da oposição

Opositores ao governo cubano pretendem realizar manifestações em 15 de novembro

O chanceler cubano Bruno Rodríguez. Foto: Yamil Lage/AFP
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O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, acusou nesta quarta-feira 10 o governo dos Estados Unidos de promover “condições de desestabilização interna” na ilha, ao incentivar a marcha convocada pelos opositores para 15 de novembro.

Em declarações ao corpo diplomático credenciado em seu país, o chanceler disse que Havana não permitirá “de forma alguma que a persistente agressão do governo dos Estados Unidos, suas intensas e constantes tentativas, exacerbadas nos últimos seis, oito meses, de gerar condições de desestabilização interna, de alterar a tranquilidade e a segurança cidadã (…), estraguem a festa ”.

Na próxima segunda-feira, Cuba reabrirá suas fronteiras ao turismo estrangeiro, os alunos do ensino fundamental voltam às salas de aula e Havana comemora 502 anos de sua fundação.

Os organizadores da marcha, na capital e em seis outras províncias, continuam determinados a se manifestar, apesar da proibição das autoridades e do alerta de que haverá consequências caso o protesto seja realizado.

O governo acredita que esta iniciativa busca uma mudança de regime e acusa seus líderes de serem financiados e dirigidos por organizações nos Estados Unidos.

“São 29 declarações do governo dos Estados Unidos e de figuras influentes no Congresso daquela nação, só desde 22 de setembro, quase uma diária, todas voltadas para incentivar, orientar, instigar ações de desestabilização em nosso país”, disse Rodríguez aos embaixadores .

Na segunda-feira, o porta-voz da Casa Branca, Ned Price, pediu no Twitter ao governo cubano que “escute seu povo em uma marcha pacífica para que suas vozes sejam ouvidas”.

Bruno Rodríguez destacou que essas figuras americanas fazem “exigências” para realizar ações que em Cuba “não são permitidas, nem serão permitidas”.

Os organizadores, exigindo a libertação de presos políticos, apelam ao artigo 56 da nova Constituição, que reconhece o direito de manifestação. Mas o governo considera que esta iniciativa viola o caráter constitucional e “irrevogável” do sistema socialista cubano.

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