Mundo

Coronavírus avança na América Latina enquanto EUA registram dois milhões de casos

O Brasil tem mais da metade dos óbitos na região e é o terceiro país em número de mortes no mundo

Coronavírus nos EUA. Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

Nesta quarta-feira 10, a pandemia de Covid-19 manteve seu avanço na América Latina, com mais de 70.000 mortes. Já nos Estados Unidos foram registrados dois milhões de casos, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

O continente americano é o epicentro da crise sanitária do novo coronavírus e concentra quase metade dos 414.484 óbitos ao redor do mundo e das 7.336.671 contaminações.

Na América Latina, a situação é considerada dramática. Apesar do avanço no Brasil, o país mais afetado da região, a cidade de São Paulo reabriu o comércio nesta quarta-feira, como parte de um processo de retomada gradual das atividades.

 

O país registrou 1.274 novos óbitos nas últimas 24 horas e chegou a 39.680 mortes.

Shoppings reabrem nesta quinta-feira

O Brasil tem mais da metade dos 71.104 óbitos na região e é o terceiro país em número de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.

Mesmo com os números, a flexibilização continuará em São Paulo – a cidade mais populosa do país, com 12 milhões de habitantes. Os shopping centers reabrem nesta quinta-feira 11 na capital paulista.

Hoje, também reabrem os shoppings no Rio de Janeiro, a segunda cidade brasileira em número de habitantes, com 6,7 milhões de pessoas.
Embora o presidente Jair Bolsonaro promova a retomada da atividade econômica desde o início das restrições nos estados, a flexibilização é considerada um grande risco pelos especialistas, já que o número de contaminações continua subindo.

México, segundo país com mais mortos

O México, o segundo país latino-americano com mais mortos na pandemia, superou os 15.000 óbitos para uma população de 120 milhões de habitantes. Além disso, registrou nesta quarta seu maior número de contágios em 24 horas: 4.833, elevando o total de infecções a 129.184. O Peru, com uma população de 33 milhões de pessoas, vem em seguida, com 5.903 vítimas fatais e 208.823 casos.

No Chile, também se multiplicam os casos, assim como no Panamá e na Costa Rica, sobretudo na fronteira com a Nicarágua, o Haiti e o Suriname. O clima vai complicar a situação no continente. Segundo a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), o início do inverno austral aumentará a incidência de doenças respiratórias na América do Sul.

A intensa temporada de furacões nos próximos meses no Atlântico, que mobiliza equipes de emergência, também complicará a resposta à pandemia nas Américas do Norte e Central, especialmente no Caribe, disse na terça-feira a diretora da OPAS, Carissa Etienne.

Estados Unidos batem recorde de mortes

A pandemia matou mais de 112.900 pessoas nos Estados Unidos, o país com mais infectados no mundo, segundo a universidade.

Apesar disso, Miami, cidade da Flórida dependente do turismo, abriu nesta quarta-feira suas praias, com controles e medidas de prevenção, após mantê-las fechadas desde o dia 23 de março. Em Nova York, que começou a retomar suas atividades esta semana, foi inaugurado um novo terminal de quatro andares no aeroporto de LaGuardia, em meio à enorme crise do transporte aéreo.

“Os aviões vão voar, os carros vão circular, os trens também. A vida continua depois da Covid-19”, disse o governador Andrew Cuomo durante a inauguração.  Por causa do freio que afetou todos os setores, a economia americana sofrerá uma queda de 6,5% este ano com relação a 2019, mas crescerá 5% no ano que vem, estimou nesta quarta o Federal Reserve (Fed, banco central americano).

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo