Mundo

Boris Johnson segue internado, mas “está melhorando” do coronavírus

Líder conservador britânico ainda está em terapia intensiva, mas já pode “sentar na cama” e “conversar” com os profissionais de saúde

Foto: Ben Stansall/AFP
Apoie Siga-nos no

O estado de saúde do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, internado em terapia intensiva com covid-19 desde segunda-feira, “está melhorando”, anunciou nesta quarta-feira 8 o ministro das Finanças. O líder conservador ainda está em terapia intensiva, mas sua situação está “melhorando”, ele pode “sentar na cama” e “conversar” com os profissionais da saúde.

Único líder de uma grande potência doente com a doença, Johnson “está em condição estável, tranquilo e de bom humor”, disse mais cedo esta manhã o secretário de Estado da Saúde, Edward Argar. “Ele recebeu oxigênio inicialmente, mas continua sem utilizar respirador”, relatou. O primeiro-ministro não foi diagnosticado com pneumonia, disse ontem o porta-voz de Downing Street.

O jornal “The Times” afirmou nesta quarta-feira que a febre de Johnson, um dos sintomas que o levaram ao hospital no domingo, 10 dias depois de contrair o coronavírus, havia diminuído. De acordo com o “Daily Telegraph”, o premiê, de 55 anos, está sendo tratado no Hospital St. Thomas de Londres por um dos principais especialistas do Reino Unido em questões pulmonares.

Durante sua hospitalização, o líder conservador foi substituído pelo ministro das Relações Exteriores, Domic Raab, que na terça-feira manifestou sua confiança de que Johnson se recuperará rapidamente. “Se eu sei alguma coisa sobre esse primeiro-ministro, é que ele é um combatente” e “voltará a nos guiar nessa crise em pouco tempo”, afirmou em coletiva de imprensa.

Confinamento mantido

O governo britânico se esforça desde segunda-feira 6, quando seu chefe foi repentinamente transferido para terapia intensiva, tranquilizar o país, garantindo que Johnson deixou instruções muito claras sobre o caminho a seguir na luta contra a pandemia e que o trabalho do Executivo continua.

Crescem, porém, as perguntas sobre quanto poder Raab realmente tem à frente de um gabinete que toma decisões coletivamente… a menos que haja disparidade de opinião, caso em que seu chefe decide. Amplamente criticado por tomar medidas de distanciamento social mais tarde do que seus principais vizinhos europeus, Johnson mudou de rumo de uma estratégia inicial aparentemente destinada a atingir um certo grau de imunidade coletiva e, em 23 de março, ordenou que o país ficasse em casa.

Uma “medida excepcional para circunstâncias excepcionais”, disse ele em um discurso solene na televisão.

O prazo termina na próxima segunda-feira, mas, dada sua saúde e a “falta de dados científicos suficientes” para estabelecer com certeza a progressão da pandemia, o Executivo anunciou terça-feira à noite que a revisão será adiada. Ou seja, o confinamento continua.

 

O Reino Unido está se tornando o novo ponto quente da covid-19 na Europa. Na terça-feira, o país se aproximava das 6.200 mortes por coronavírus, com um recorde diário de 786 mortes. Mesmo que muitos concordem que a hospitalização do primeiro-ministro possa ter servido para aumentar a conscientização, alguns britânicos ainda desrespeitam as medidas de distanciamento social.

“É definitivamente um alerta para aqueles que não levavam a sério”, disse à AFP Mark Gillis, funcionário de uma agência de comunicação. O estado de Boris Johnson “é bastante chocante e também mostra que pode afetar qualquer pessoa”, acrescentou.

A rainha Elizabeth II, de 93, que está com seu marido, príncipe Philip, de 98, no Castelo de Windsor, oeste de Londres, é mantida informada sobre o estado de saúde de seu primeiro-ministro, de acordo com o Palácio de Buckingham. E, na terça-feira, enviou uma mensagem à noiva de Johnson, Carrie Symonds, e a sua família, desejando-lhe uma recuperação “completa e rápida”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.