Mundo

Biden diz a Putin que atacar a Ucrânia terá ‘custos severos’ e Rússia fala em ‘histeria’

Os dois presidentes conversaram por pouco mais de uma hora e aparentemente não houve nenhum avanço para atenuar a tensão

Foto: JIM WATSON, ALEXANDER NEMENOV / AFP
Apoie Siga-nos no

O presidente americano, Joe Biden, advertiu seu contraparte russo, Vladimir Putin, que os Estados Unidos “responderão decisivamente e imporão custos rápidos e severos à Rússia” se o país invadir a Ucrânia.

Em uma conversa por telefone, Biden destacou que “enquanto os Estados Unidos continuam preparados para se dedicar à diplomacia, em total coordenação com seus aliados e parceiros, estamos igualmente preparados para outros cenários”, informou a Casa Branca em nota.

“]

Biden “deixou claro que se a Rússia empreender uma invasão, os Estados Unidos vão responder decisivamente e impor custos rápidos e severos à Rússia”, acrescenta.

A Casa Branca também informou que Biden tinha “reiterado” a Putin que atacar a Ucrânia “provocaria um sofrimento humano generalizado e diminuiria a posição da Rússia”.

Os dois presidentes conversaram por pouco mais de uma hora e aparentemente não houve nenhum avanço para atenuar a tensão entre o Ocidente e a Rússia sobre a mobilização de forças que cercam por terra, ar e mar a vizinha a Ucrânia.

O telefonema “foi profissional e substantivo e durou mais de uma hora. Não houve uma mudança fundamental sobre o que se está desenvolvendo há várias semanas”, disse a jornalistas o alto funcionário, que pediu para não ser identificado.

Ele destacou que Washington apresentou propostas que “melhorariam a segurança europeia e também abordam algumas preocupações expressas pela Rússia”, ao mesmo tempo em que prometem respeitar a soberania da Ucrânia.

“Continua sem estar claro se a Rússia está interessada em buscar estas metas pela via diplomática ao invés de usar a força. Continuamos comprometidos com a ideia da desescalada através da diplomacia. Mas também temos uma visão clara sobre a perspectiva disso, em vista dos aparentes passos da Rússia no terreno”, disse.

“Os riscos são muito altos para não dar à Rússia todas as oportunidades” de se conter. “De forma que, como sempre, continuamos pelos dois caminhos”, destacou o funcionário. A Rússia “já está cada vez mais isolada do mundo e mais dependente da China”, concluiu.

Já a Rússia denunciou o “auge” da “histeria” dos Estados Unidos sobre as tensões relacionadas com a Ucrânia, mas assegurou que os presidentes russo e americano concordaram em continuar dialogando para evitar um conflito.

“A histeria atingiu seu auge”, disse durante coletiva de imprensa o assessor diplomático de Putin, Yury Ushakov, em alusão aos temores expressos por Washington de uma invasão iminente da Rússia à Ucrânia. Mas o assessor acrescentou que durante o telefonema, os dois presidentes “concordaram em manter os contatos em todos os níveis”.

(Com informações da AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar