Argentina arrecada mais de US$ 2 bilhões com imposto sobre a riqueza

Entre os que se recusaram a pagar o tributo estão alguns dos mais conhecidos magnatas do país e o jogador Carlos Tevez, do Boca Juniors

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, e a vice Cristina Kirchner. Foto: ESTEBAN COLLAZO/Argentinian Presidency

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O governo da Argentina informou, nesta segunda-feira 3, que arrecadou mais de 2 bilhões de dólares com um extraordinário imposto sobre a riqueza, destinado a fazer face aos gastos com a pandemia do novo coronavírus.

A arrecadação com o tributo, promovida pelo governo de Alberto Fernández, chegou a 223 bilhões de pesos (cerca de 2,252 bilhões de dólares no câmbio atual), segundo a entidade arrecadadora, AFIP.

A chefe da AFIP, Mercedes Marcó del Pont, indicou que “os recursos gerados serão essenciais para enfrentar as emergências sanitárias e econômicas impostas pela pandemia”.

 

 


Cerca de três mil pessoas inadimplentes agora estão sujeitas ao controle da entidade. Desse grupo, apenas cerca de duzentas recorreram à proteção judicial para não pagar o valor.

Entre os que se recusaram a pagar o imposto estão alguns dos mais conhecidos magnatas do país e o jogador Carlos Tevez, do Boca Juniors.  Eles entraram com uma ação na Justiça.

A chamada “Contribuição Solidária” foi aprovada em dezembro pelo Congresso com uma alíquota de pelo menos 2% aos patrimônios que excedam 200 milhões de pesos (cerca de 2 milhões de dólares), a serem pagos uma única vez.

As porcentagens vão sendo escalonadas à medida que aumenta o patrimônio, até estabelecer 3,5% para quem passa de 3 bilhões de pesos (30 milhões de dólares), pagos uma única vez.

O destino dos recursos se divide entre despesas com saúde por causa da pandemia, bolsas de estudo e subsídios para apoiar pequenos negócios em crise e seus trabalhadores, entre outros fins.

Com uma população de 45,4 milhões de habitantes, a Argentina ultrapassou os três milhões de casos de Covid-19, com mais de 64 mil mortes.

 

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