O primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, anunciou nesta terça-feira 29 que apresentará a renúncia de seu governo, no 13º dia de um movimento de contestação popular sem precedentes exigindo a queda do regime.
“Vou ao Palácio Baabda apresentar a renúncia do governo ao Presidente da República”, disse Hariri em um breve discurso televisionado, recebido com aplausos pela multidão que o ouvia ao vivo no local de mobilização.
Na segunda-feira 28, manifestantes libaneses reforçaram os bloqueios em várias estradas, um dia depois da formação de uma cadeia humana que demonstrou uma unidade sem precedentes, aumentando ainda mais a pressão contra o governo em um país paralisado.
O mal-estar da população explodiu em 17 de outubro, após o anúncio de um imposto sobre as ligações feitas pelo aplicativo WhatsApp. O rápido cancelamento da medida não impediu os protestos em todo o país.
Bancos, escolas e universidades continuam fechadas até nova ordem. O fim do mês se aproxima e alguns trabalhadores podem não receber os salários.
Analistas consideram que a prioridade das autoridades é acabar com os bloqueios para que o país volte a produzir. Mas o exército, que permanece neutro, já anunciou que não aceita o uso da força contra os manifestantes. No sábado à noite aconteceram breves confrontos com o exército na região de Trípoli, que deixaram sete feridos, mas desde então não foi registrado nenhum outro incidente do tipo.
Mais informações em breve.
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