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Sueca que acusa Julian Assange de estupro conta sua versão

Segundo imprensa da Suécia, mulher de 30 anos disse em blog ter se mantido em silêncio por razões políticas. “Decidiram rapidamente que eu mentia e que o autor das agressões era inocente”

O criador do Wikileaks, Julian Assange
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ESTOCOLMO (AFP) – Uma das duas mulheres suecas que acusam o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, de estupro, contou publicamente pela primeira vez a agressão que alega ter sofrido, segundo a imprensa sueca.

A mulher, de 30 anos, cuja identidade não foi revelada, disse em seu blog em abril ter sido “vítima de uma agressão” há três anos. O texto passou despercebido por um mês, até ser revelado nesta quinta-feira 16 pela imprensa.

De acordo com a mulher, os amigos do suposto agressor e outras pessoas ficaram em silêncio por diversas razões, incluindo políticas. “Decidiram rapidamente que havia algo suspeito. Que eu mentia. Que o autor das agressões era inocente”.

Para relacioná-la com Assange, a mídia sueca lembrou que a jovem foi citada na internet como uma das acusadoras do australiano. “Histórias estranhas foram mencionadas em um tribunal de opinião, com juízes anônimos e testemunhas apressando-se em apresentar interpretações descabidas”, lamentou a mulher.

A mulher, ativista política, diz que recebeu ameaças e foi forçada a se esconder. Mas reconhece que cada vez mais pessoas passaram a acreditar nela e apoiá-la.

Estupro

Em 2010, duas jovens suecas acusaram o australiano por estupro e agressão sexual na região de Estocolmo. A investigação não avançou, porque Assange recusa-se a ir a Suécia responder aos investigadores.

Ele está refugiado, desde junho passado, na embaixada do Equador, onde recebeu asilo político em Londres para evitar a extradição ao país nórdico. Da Suécia, ele acredita que pode ser enviado para os Estados Unidos, onde correria risco de enfrentar a pena de morte por ter vazado documentos secretos do país.

Assange diz que as relações sexuais com as vítimas foram consensuais e assegura que é vítima de perseguição. O WikiLeaks publicou em 2010 uma série de documentos diplomáticos confidenciais e militares americanos.

Leia mais em AFP Movel.

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