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Obama diz que restrição a armas será ‘tema central’ em seu governo

Presidente dos EUA coloca o seu vice no comando de comissão para elaborar propostas de controle

Obama fala durante cerimônia em homenagem às vítimas, no domingo 16. Foto: Mandel Ngan / AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira 19 que fará das discussões sobre a restrição no comércio de armas e munições no país um“assunto central” de seu segundo governo. Em uma entrevista na Casa Branca, o democrata disse que apresentará novas propostas sobre o tema até janeiro e se comprometeu a usar o poder de seu gabinete para superar resistências políticas manifestadas por deputados republicanos.

Obama encarregou o seu vice-presidente, Joe Biden, de comandar uma comissão integrada para buscar novas fórmulas legislativas contra a violência derivada das armas de fogo após o massacre na escola primária em Newtown, Connecticut.

O grupo de trabalho irá explorar novas vias legais para restringir a venda de rifles de assalto, assim como revisará as políticas sobre problemas psiquiátricos e a violência na cultura popular.

O presidente dos EUA destacou ainda que as propostas não serão apenas sobre armas, mas incluirão um esforço para fazer o acesso a tratamento psicológico “tão fácil quanto o acesso a armas”. “Não vai ser fácil [reverter a oposição no Congresso], mas isso não é uma desculpa para não tentarmos.”

 

Durante uma homenagem às vítimas, o presidente americano prometeu tomar ações para evitar novas tragédias como a de Newtown. Por um longo tempo, ele defendeu a restauração da proibição de fuzis de assalto e armas similares, mas não tomou nenhuma medida em seu primeiro mandato para que isso ocorresse, apesar de o país sofrer uma série destes violentos episódios, incluindo 62 tiroteios desde 1982, três dos mais mortíferos na segunda metade deste ano.

Na terça-feira 18, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que Obama apoia ativamente os esforços do Congresso para voltar a impor uma lei para proibir a venda de rifles de assalto, em referência à proposta que a senadora democrata da Califórnia, Dianne Feinstein, quer introduzir em janeiro perante o Congresso. A iniciativa aborda alguns tipos de armas semiautomáticas com carregadores removíveis e concepção militar.

De acordo com Carney, o presidente apoiará também qualquer ação para proibir carregadores de alta capacidade – que têm munição para dezenas de tiros – e acabar com a brecha que permite indivíduos sem licença vender armas de forma privada. Uma proibição anterior das armas de assalto expirou em 2004 e, desde então, muitos cidadãos adquiriram versões semiautomáticas de fuzis de assalto como o Kalashnikov ou o AR-15.

Uma pesquisa da emissora CBS mostra que 57% dos americanos são favoráveis a uma lei mais rigorosa sobre compra de armas. De qualquer forma, a metade pensa que uma legislação mais estrita não teria impedido o massacre em Sandy Hook.

Em 2009, havia uma estimativa de 310 milhões de armas de fogo não militares nos Estados Unidos, o que equivale a uma por cidadão. A população norte-americana tem 20 vezes mais probabilidades de morrer por arma de fogo que a de qualquer outro país desenvolvido.

Com informações AFP.

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta quarta-feira 19 que fará das discussões sobre a restrição no comércio de armas e munições no país um“assunto central” de seu segundo governo. Em uma entrevista na Casa Branca, o democrata disse que apresentará novas propostas sobre o tema até janeiro e se comprometeu a usar o poder de seu gabinete para superar resistências políticas manifestadas por deputados republicanos.

Obama encarregou o seu vice-presidente, Joe Biden, de comandar uma comissão integrada para buscar novas fórmulas legislativas contra a violência derivada das armas de fogo após o massacre na escola primária em Newtown, Connecticut.

O grupo de trabalho irá explorar novas vias legais para restringir a venda de rifles de assalto, assim como revisará as políticas sobre problemas psiquiátricos e a violência na cultura popular.

O presidente dos EUA destacou ainda que as propostas não serão apenas sobre armas, mas incluirão um esforço para fazer o acesso a tratamento psicológico “tão fácil quanto o acesso a armas”. “Não vai ser fácil [reverter a oposição no Congresso], mas isso não é uma desculpa para não tentarmos.”

 

Durante uma homenagem às vítimas, o presidente americano prometeu tomar ações para evitar novas tragédias como a de Newtown. Por um longo tempo, ele defendeu a restauração da proibição de fuzis de assalto e armas similares, mas não tomou nenhuma medida em seu primeiro mandato para que isso ocorresse, apesar de o país sofrer uma série destes violentos episódios, incluindo 62 tiroteios desde 1982, três dos mais mortíferos na segunda metade deste ano.

Na terça-feira 18, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que Obama apoia ativamente os esforços do Congresso para voltar a impor uma lei para proibir a venda de rifles de assalto, em referência à proposta que a senadora democrata da Califórnia, Dianne Feinstein, quer introduzir em janeiro perante o Congresso. A iniciativa aborda alguns tipos de armas semiautomáticas com carregadores removíveis e concepção militar.

De acordo com Carney, o presidente apoiará também qualquer ação para proibir carregadores de alta capacidade – que têm munição para dezenas de tiros – e acabar com a brecha que permite indivíduos sem licença vender armas de forma privada. Uma proibição anterior das armas de assalto expirou em 2004 e, desde então, muitos cidadãos adquiriram versões semiautomáticas de fuzis de assalto como o Kalashnikov ou o AR-15.

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Em 2009, havia uma estimativa de 310 milhões de armas de fogo não militares nos Estados Unidos, o que equivale a uma por cidadão. A população norte-americana tem 20 vezes mais probabilidades de morrer por arma de fogo que a de qualquer outro país desenvolvido.

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