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EUA e Rússia trocam acusações sobre atuação na Síria

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia desmentiu nesta quarta-feira 13 as declarações atribuídas ao ministro Serguei Lavrov pelos tradutores durante uma visita ao Irã, nas quais Moscou acusava os Estados Unidos de fornecerem armas aos rebeldes na Síria, enquanto o governo americano pediu novamente […]

Sergey Lavrov, o ministro do Exterior da Rússia. Foto: Atta Kenare/AFP
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia desmentiu nesta quarta-feira 13 as declarações atribuídas ao ministro Serguei Lavrov pelos tradutores durante uma visita ao Irã, nas quais Moscou acusava os Estados Unidos de fornecerem armas aos rebeldes na Síria, enquanto o governo americano pediu novamente que Moscou pare de fornecer armas para o governo sírio. “É um erro de tradução para o farsi”, declarou à AFPum membro do serviço de imprensa do ministério em Moscou, apresentando uma versão em russo da declaração de Lavrov, na qual o ministro ressalta que os Estados Unidos fornecem armamentos “aos países da região”.

As supostas declarações de Lavrov surgiram menos de um dia depois de a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, acusar a Rússia de enviar helicópteros de ataque para o governo do ditador sírio Bashar al-Assad. Ao se defender das acusações, a Rússia rebateu com um ataque a Washington. “Não entregamos nem à Síria, nem para qualquer outro coisas que sejam utilizadas na luta contra manifestantes pacíficos, ao contrário dos próprios Estados Unidos, que fornecem regularmente aos países da região tais equipamentos especiais”, declarou Lavrov no Irã, segundo o texto apresentado pelo governo russo. “Uma entrega desse tipo aconteceu recentemente em um dos países do Golfo Pérsico. Mas os americanos consideram que isso é normal”, acrescentou.

Os tradutores oficiais do russo para o farsi e o inglês em Teerã haviam atribuído nesta quarta-feira outras declarações a Lavrov. “Os Estados Unidos fornecem à oposição armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio”, havia declarado o ministro russo, segundo eles.

Apesar desse esclarecimento, o governo americano continuou a acusar os russos de fornecer armamento à Síria.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu novamente a Moscou que pare de entregar armas a Damasco, advertindo que a “espiral” de violência que sacode a Síria a leva em direção à “guerra civil”. “Nós pedimos em diversas oportunidades ao governo russo que corte completamente suas ligações militares (com a Síria) e suspenda qualquer novo apoio ou nova entrega”, declarou Hillary, reafirmando a importância dada pelo seu governo à cooperação entre Estados Unidos e Rússia. “Fui muito clara ontem em relação as nossas preocupações quanto à relação militar entre Moscou e o governo (do presidente sírio Bashar) al-Assad”, disse Hillary, que fez essas declarações durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do ministro do Exterior da Índia, S.M. Krishna.

Assim como a Casa Branca havia feito alguns minutos antes, a chefe da diplomacia americana afirmou que os Estados Unidos não fornecem ajuda militar aos rebeldes sírios.

Uma reportagem do jornal The Washington Post mostrou há algumas semanas que os EUA dão apoio logístico aos países árabes que auxiliam os rebeldes, como Arábia Saudita e Catar.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia desmentiu nesta quarta-feira 13 as declarações atribuídas ao ministro Serguei Lavrov pelos tradutores durante uma visita ao Irã, nas quais Moscou acusava os Estados Unidos de fornecerem armas aos rebeldes na Síria, enquanto o governo americano pediu novamente que Moscou pare de fornecer armas para o governo sírio. “É um erro de tradução para o farsi”, declarou à AFPum membro do serviço de imprensa do ministério em Moscou, apresentando uma versão em russo da declaração de Lavrov, na qual o ministro ressalta que os Estados Unidos fornecem armamentos “aos países da região”.

As supostas declarações de Lavrov surgiram menos de um dia depois de a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, acusar a Rússia de enviar helicópteros de ataque para o governo do ditador sírio Bashar al-Assad. Ao se defender das acusações, a Rússia rebateu com um ataque a Washington. “Não entregamos nem à Síria, nem para qualquer outro coisas que sejam utilizadas na luta contra manifestantes pacíficos, ao contrário dos próprios Estados Unidos, que fornecem regularmente aos países da região tais equipamentos especiais”, declarou Lavrov no Irã, segundo o texto apresentado pelo governo russo. “Uma entrega desse tipo aconteceu recentemente em um dos países do Golfo Pérsico. Mas os americanos consideram que isso é normal”, acrescentou.

Os tradutores oficiais do russo para o farsi e o inglês em Teerã haviam atribuído nesta quarta-feira outras declarações a Lavrov. “Os Estados Unidos fornecem à oposição armas que são utilizadas nos combates contra o governo sírio”, havia declarado o ministro russo, segundo eles.

Apesar desse esclarecimento, o governo americano continuou a acusar os russos de fornecer armamento à Síria.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, pediu novamente a Moscou que pare de entregar armas a Damasco, advertindo que a “espiral” de violência que sacode a Síria a leva em direção à “guerra civil”. “Nós pedimos em diversas oportunidades ao governo russo que corte completamente suas ligações militares (com a Síria) e suspenda qualquer novo apoio ou nova entrega”, declarou Hillary, reafirmando a importância dada pelo seu governo à cooperação entre Estados Unidos e Rússia. “Fui muito clara ontem em relação as nossas preocupações quanto à relação militar entre Moscou e o governo (do presidente sírio Bashar) al-Assad”, disse Hillary, que fez essas declarações durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do ministro do Exterior da Índia, S.M. Krishna.

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