Mundo

Como são escolhidos os nomes dos furacões?

O ano de 2017 começou com Arlene, seguido de Bret, Cindy e Don. Irma figura na nona posição. Depois de Jose, virão Katia, Lee e Maria

Imagem de satélite do furacão Irma, o mais poderoso já registrado no Atlântico
Apoie Siga-nos no

Depois de Harvey e Irma, é a vez de Jose. Todos os furacões tropicais têm um nome próprio, escolhido com antecipação e fácil de recordar. Trata-se de uma prática antiga. O uso de um nome curto reduz o risco de erro. “É muito mais fácil de memorizar do que uma cifra ou um termo técnico”, explica a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

“Um nome facilita o trabalho da imprensa, reforça o impacto das advertências e ajuda na preparação das populações”, segundo a OMM, órgão da ONU. As propostas de nomes são feitas por organismos regionais. A OMM, que dispõe de correspondentes em cada região, se pronuncia a respeito e intervém para evitar possíveis polêmicas.

Dessa forma, em 2015, retirou “Isis” da lista de futuros furacões na região Pacífico-Norte, já que o nome da deusa egípcia também é um dos acrônimos em inglês do grupo extremista Estado Islâmico.

Leia também:
Mudanças climáticas intensificaram a tempestade Harvey?
Nos EUA, o furacão Harvey traz lembranças do Katrina

O Centro Nacional de Furações dos Estados Unidos tem seis listas de nomes, para o Caribe, o Golfo do México e o Atlântico Norte, utilizando uma a cada ano.

As listas seguem uma ordem alfabética e pulam as letras difíceis de encontrar um nome, como Q e U. Ao final de seis anos, retomam a primeira lista. Mas, quando um furacão provoca muitas vítimas e danos, o nome é retirado da relação. Dessa forma, nunca mais haverá um “Katrina“.

O ano de 2017 começou com Arlene, seguido de Bret, Cindy e Don. Irma figura na nona posição. Depois de Jose, virão Katia, Lee e Maria. Os nomes são ingleses, espanhóis e franceses em referência aos países potencialmente afetados.

Desde o final do século XVIII, os ciclones são batizados. Até o o início do século XX, os que atingiam as ilhas espanholas do Caribe eram chamados segundo o santo padroeiro do dia.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os marinheiros americanos começaram a batizar os ciclones com os nomes de suas mulheres ou namoradas.

Em 1953, o Escritório Metereológico americano começou também a usar nomes de mulheres, mas, nos anos 1970, as feministas protestaram contra esta associação com um fenômeno devastador. Em 1979, foi estabelecida a paridade, com uma alternância de nomes próprios femininos e masculinos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo