Glenn Greenwald

O que vi e vivi desde que pisei no Rio de Janeiro pela primeira vez

Quando cheguei, a recomendação era: fique longe das favelas. O que encontrei foi muito diferente

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Fiquem longe das favelas.” Era esse o conselho dado aos turistas que iam para o Rio de Janeiro, no fim dos anos 1990. “Favela” significava um lugar proibido, de violência e crime – e não só para estrangeiros. Nas muitas vezes que visitei a cidade antes de me mudar de vez, em 2005, ouvi o conselho: nos guias de viagem, em alertas da embaixada dos EUA e na recomendação de brasileiros de classe alta que habitavam os espaços por onde eu costumava circular.

Lembro-me, no início dos anos 2000, quando ouvi falar do primeiro ­favela-tour organizado para um grupo de turistas alemães. Era um ônibus blindado, com vidros escuros e aparência de tanque que seria usado para entrar no Vidigal e na Rocinha, para que os turistas pudessem apreciar aquela terra-sem-lei na segurança e conforto de seus assentos. Era uma imagem grotesca – turistas ricos em um safári urbano, a olhar os nativos exóticos em seu hábitat natural.

A imagem do Brasil começava a mudar quando vim para cá em definitivo. Não porque a visão que se tem de uma cidade realmente muda quando passamos de visitante ocasional a morador, mas eu percebia tanto entre estrangeiros quanto entre brasileiros uma mudança significativa no discurso. Havia motivos para crer que a mudança não fosse apenas discursiva: o Brasil estava prestes a reeleger Lula para um segundo mandato, com crescimento econômico recorde e os primeiros frutos dos programas sociais implementados. Será que era possível que a vida estivesse realmente melhorando nas favelas?

Vim para o Brasil de vez depois de conhecer meu marido há 16 anos, David Miranda. Eu era advogado constitucional em Manhattan, e meu plano era alugar um apartamento em Ipanema por algumas semanas e, com a brisa do mar e a vista da Floresta da Tijuca, refletir sobre a vida. Em meu primeiro dia na cidade encontrei a resposta, quando, na Praia de Ipanema, um carioca charmoso veio se desculpar depois de derrubar minha bebida com uma bolada. “Desculpe”, disse ele. “Meu nome é David.”

Daquele momento em diante, David e eu nos tornamos inseparáveis. E o fato de ele, naquele ponto, morar numa favela, não só desmitificou a imagem que eu tinha, mas também me apresentou ao outro Rio, geralmente fora do alcance dos turistas e dos brasileiros de classe alta. Nunca me esqueço do dia da minha primeira visita à casa de David. Eu estava nervoso, lembrando de tudo que tinha ouvido falar, mas o que encontrei foi muito diferente dos estereótipos implantados em minha mente por gente que via as favelas com um misto de desprezo e terror. O que me chamou atenção foi que o senso de comunidade era muito maior do que nas partes mais ricas que eu frequentava. Não que isso mudasse a realidade de privação material. A falta de saneamento e o abandono da infraestrutura pública eram os sintomas visíveis de décadas de descaso e desprezo das autoridades. As oportunidades de mobilidade social eram quase nulas, e os moradores aprenderam a não esperar nada dos governos ou da sociedade. Mas nem isso apagava a energia e o potencial que existiam ali.

É difícil localizar com precisão o momento exato em que passei a acreditar que ventos da esperança começaram a soprar no Brasil, mas foi nos primeiros anos do segundo governo Lula. Facilmente reeleito, o petista estava decolando, e o Brasil ia junto. A alta nos preços das commodities favorecia a entrada de recursos habilmente investidos em medidas sérias para melhorar de forma concreta a vida dos brasileiros.

Em 2006 ou 2007, eu ouvi articulada pela primeira vez uma questão central na sociedade brasileira. “A questão-chave”, disse um amigo, “era se Lula finalmente conseguiria fomentar uma classe média no Brasil.” Essa formulação pode parecer banal ou óbvia hoje em dia. A ideia da “nova classe média” é um clichê. Mas na época não se falava nesses termos e, para alguém que tinha acabado de se mudar para o Brasil, foi um grande insight. Não existia classe média no Brasil. Não existia no País nenhum dos atributos que definem a vida a que me habituei nos EUA.

A elite espreitou a oportunidade de se livrar do PT

Na minha experiência, existiam duas classes no Brasil: a elite, pequena parcela extremamente rica e oligárquica, e o resto, a esmagadora maioria empobrecida e sem oportunidades reais. Na frente dos meus olhos surgia, no entanto, algo novo no meio. Surgiam a todo momento shoppings, restaurantes e lojas fora dos grandes centros e das áreas ricas, que não eram nem caros nem baratos, mas ofereciam uma variedade de bens de consumo. Na televisão, nas ruas e nos ônibus, anunciavam-se televisões, câmeras e cursos de inglês. E, mais importante, um grande número de brasileiros, do tipo que nunca se via antes, começou a encher os aeroportos, universidades e cinemas. E essas mudanças, mesmo para alguém que morava no Brasil há pouco tempo, eram óbvias – e corroboradas pelo que me diziam aqueles no meu entorno.

Acima de tudo, me chamava atenção a mudança nas atitudes e perspectivas de quem eu conhecia, particularmente os mais pobres e moradores de favelas que David me apresentou. Pela primeira vez comecei a ouvi-los a falar sobre o que queriam para seu futuro, sobre as carreiras que queriam seguir, os idiomas que queriam aprender, os lugares que queriam visitar. Havia um verdadeiro e vibrante senso de esperança e otimismo, uma crença de que a vida não só poderia, mas iria melhorar – se não para si, ao menos para seus filhos.

O sucesso do segundo mandato de Lula é indiscutível. Minhas memórias daqueles anos foram surpreendentes, porque eu nunca tinha visto, em lugar nenhum, uma população ter fé e otimismo em seu governo e seus líderes. Lula deixou o cargo em 2010 com aprovação de 86%, algo inédito no mundo democrático, sinal óbvio de que algo extraordinário ocorria no Brasil.

ERA CHOCANTE PARA MIM VER A MÍDIA UNIDA DE FORMA UNÂNIME EM FAVOR DO IMPEACHMENT

A eleição de Dilma Rousseff em 2010 parecia indicar a continuidade desse sucesso, além de marcar, em certo sentido, a vitória final de Lula. Investir sua popularidade em favor da eleição de uma mulher como Dilma, com sua história de vida extraordinária, cheia de coragem e integridade, mas sem muito carisma, e vê-la vencer, num país patriarcal como o Brasil, era um feito e tanto. Era possível, no entanto, perceber os primeiros sinais de problemas – e eles se tornaram cada vez mais difíceis de ignorar. O clima de escândalos de corrupção lembrava aquele da época do Mensalão, que em 2005 ameaçou derrubar Lula ainda em seu primeiro mandato. Havia uma crescente insatisfação por parte da população com o governo. Essa insatisfação que fervilhava sob a superfície explodiu em 2013, quando um aumento nas tarifas de ônibus transformou um protesto focado em um movimento de dimensões nacionais. Milhões de brasileiros foram às ruas, chocados com as cenas de violência policial e expressando ressentimento, frustração e raiva. Não havia ideologia ou agenda clara para além do aumento nas tarifas. O único fator de coesão parecia ser uma raiva contra o status quo, e os inimigos de longa data do PT viram uma oportunidade quando o partido, no poder há 11 anos, passou a ser culpado pela falência do sistema político.

Tudo isso foi em 2013, quando eu trabalhava no arquivo Snowden, que revelou que a Agência Nacional de Segurança dos EUA espionava populações inteiras, inclusive de países aliados. Havia no arquivo várias revelações de grande impacto sobre a atuação da NSA no Brasil, e para produzir essas reportagens formei parcerias com as Organizações Globo: o jornal O Globo, a revista semanal Época e, acima de tudo, o noticiário dominical Fantástico. Como minha visibilidade na mídia crescia rapidamente no Brasil, enquanto os protestos aconteciam, não era raro pedirem minha opinião sobre eles. E, como escrevi nestas páginas antes, eu evitava opinar sobre política brasileira por achar que ainda não tinha o conhecimento e a experiência necessários. É claro que no meu dia a dia sempre conversava com David e com os nossos amigos, mas ainda relutava em fazer afirmações públicas.

O recalque de Aécio Neves deu no que deu

Era difícil não falar sobre essas manifestações sendo um jornalista de política no Brasil em 2013. Eu tinha uma visão positiva desses protestos, porque, embora motivados por raiva e frustração, eram para mim sinais do surgimento de uma nova e mais saudável dinâmica política: os brasileiros passaram a crer que tinham o direito de esperar que o governo contribuísse para a melhora material de suas vidas, esperança que meus amigos brasileiros comparavam com o que viveram no fim da ditadura, logo sufocado pela experiência com Collor. Independentemente dessa minha visão positiva, ficou claro para mim que, como vi acontecer com tantos outros em vários países, eles foram explorados por setores oportunistas. Segmentos do centro-direita e da classe oligárquica habilmente canalizaram a ira contra a classe política e transformaram em raiva e frustração contra o PT. Isso então preparou o terreno para o que foi uma campanha eleitoral suja e agressiva em 2014, na qual Dilma foi reeleita, derrotando por uma margem mínima o candidato Aécio Neves.

Quando o PSDB fracassou – ainda que por muito pouco – pela quarta vez seguida, a decepção e a raiva demonstradas por seus partidários foram tão intensas que o sentimento não se dissipou após as eleições. Aécio, o PSDB, seus apoiadores e seus aliados na mídia, setores financeiros e o famigerado “mercado” nunca aceitaram a legitimidade da derrota sofrida em 2014. Não é que houvesse qualquer indício de fraude eleitoral – apesar de, no clima de vale-tudo da época, setores do partido terem alimentado essa tese. O que ficou claro é que não consideravam aquele resultado “legítimo”, “correto”. O fato de a população não ter cooperado com esse projeto era não uma falha do projeto, mas uma falha do povo. Assim, ao longo de 2015 e 2016, havia oposição programática. Havia uma facção aflita e amargurada que acreditava ter sido traída pela democracia.

Lembro-me quando entrevistei Lula pela primeira vez, em 2016, em pleno debate acerca do impeachment. Ele me contou sobre suas três derrotas consecutivas antes de vencer em 2002. Lula me explicou que cada derrota foi uma experiência incrivelmente dolorosa. E que cada vez que perdia, ele voltava para casa e deitava na cama por uma semana ou duas, deprimido. E depois de duas ou três semanas nessa rotina, ele finalmente conseguia aceitar a derrota, sair para a rua e voltar ao trabalho. Lula então me disse que Aécio e o PSDB, bem como seus apoiadores, nunca tiveram a coragem de encarar esse processo. Em retrospecto, é difícil discordar dessa avaliação.

NA MINHA EXPERIÊNCIA, EXISTIAM DUAS CLASSES NO BRASIL: A ELITE, PEQUENA PARCELA RICA E OLIGÁRQUICA, E O RESTO

Logo depois das eleições, o assunto ­impeachment estava no ar, mas essa hipótese foi inicialmente descartada. A ideia de que, meses depois de uma eleição extremamente cara e contenciosa, a vencedora seria retirada do poder era inimaginável. Seria um ataque direto à democracia. Mas também estava claro que os problemas econômicos e políticos de Dilma a tornavam vulnerável, e que essa vulnerabilidade poderia ser explorada no futuro.

Um evento serviu de estopim. O aparecimento de Sergio Moro no cenário político mudou tudo. Esse juiz de primeira instância se tornou a força política dominante no Brasil. E a Lava Jato começou a engolir a Petrobras, onde Dilma fora presidente do conselho, levando a crise para o Palácio do Planalto, e sufocou a ­capacidade­ de investimento do governo. A história colou, ainda que ninguém, até hoje, tenha sido capaz de apontar um único centavo roubado por Dilma. Ainda assim, Moro e a Lava Jato deram o impulso que faltava para o impeachment. Em 2016, o ex-juiz ordenou o monitoramento dos telefones do ex-presidente Lula, gravando, inclusive, conversas com Dilma. Eram conversas da presidenta da República, autoridade maior do País, gravadas e divulgadas por um juiz de primeira instância, sem autorização do STF. Uma vez

divulgada a conversa, a mídia, liderada pela Globo, explorou exaustivamente a gravação. Um dos eventos mais constrangedores que vi em toda a minha carreira jornalística foi a noite em que William ­Bonner e Renata Vasconcellos, apresentadores do Jornal Nacional, encenaram a conversa como se fossem atores em uma novela. Era a chance de realizar o sonho de longa data da Globo: derrubar o governo do PT. O plano deu certo. Em 2019, o então presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em entrevista à Jovem Pan, afirmou que o impeachment de Dilma não era uma possibilidade séria, até a divulgação da conversa entre Lula e Dilma. Aquela gravação ilegalmente obtida e impropriamente divulgada foi o evento que finalmente transformou o impeachment de alternativa remota em realidade inescapável.

Bonner e Vasconcellos: jornalistas ou atores?

O impeachment me motivou a, finalmente, me inserir no debate político brasileiro. Chocava-me a ideia de que a presidenta em exercício, escolhida por sufrágio universal, poderia ser removida do cargo por um grupo que tinha contas secretas na Suíça, cúmplices que “a gente mata antes de fazer delação” e tantos outros malfeitos. O pior de tudo para mim era que tudo isso se dava por causa de violação de regras contábeis, um truque orçamentário trivial usado há décadas no mundo todo. A ideia de que, no Brasil, “pedaladas fiscais” constituíam um crime tão hediondo a ponto de justificar a remoção de um presidente era em si uma farsa. Era difícil para mim crer que isso fosse levado a sério, mas o desespero para reverter o resultado de 2014 era tão grande que qualquer desculpa era considerada justa. Por isso, a maior parte dos centros de poder embarcou nessa canoa, fortalecida pelas tramas de Moro nos bastidores.

Eu me posicionava não só como alguém que testemunhava uma farsa a se materializar, mas também como um jornalista ofendido e surpreso pelo comportamento vergonhoso da mídia. Era chocante para mim ver a mídia unida de forma unânime em favor do impeachment. Nunca havia visto nada parecido em minha carreira de jornalista: não se ouvia outra opinião. Considerando que a remoção de um presidente eleito pelo povo talvez seja a decisão mais grave que um sistema político pode tomar, a imposição desse pensamento único me causava enorme espanto.

Foi tomado por essa indignação que comecei a escrever artigos em português que rapidamente viralizaram, sendo amplamente compartilhados por brasileiros. Isso mostrou para mim que havia um enorme apetite, suprimido pela grande mídia, por esse tipo de jornalismo independente no Brasil – o que me levou a fundar o The Intercept Brasil, em 2016. A ideia de que no país que eu amo, que me deu minha família e minha nova vida, a mídia pudesse ser tão pouco plural. Isso me deixava escandalizado.

Essa também era a visão do grupo Repórteres Sem Fronteiras. A entidade, que havia alertado para a preocupante concentração midiática num relatório chamado O País dos 30 Berlusconis, rebaixou o Brasil em mais de 30 posições no ranking de liberdade de imprensa. Parte do que causou essa queda foram os graves perigos que os jornalistas enfrentam, devido à violência, mas outro ponto fundamental ressaltado pela organização é o fato de a mídia brasileira ter se tornado um grupo de pressão e ferramenta política dos grandes interesses econômicos.

Yousseff, delator contumaz, protegido de Moro

A mensagem, respaldada pelo ­establishment, do processo de impeachment foi de que há momentos em que as soluções estão fora do processo democrático. O pecado original da erosão da democracia brasileira foi o impeachment de Dilma Rousseff, que, como disse Rodrigo Maia, foi possível graças ao ato ilegal e ao abuso de poder de Sergio Moro. Há uma linha reta que vai da divulgação à gravação da conversa grampeada, passa pelo impeachment de Dilma e a instalação de Michel Temer, e dá na prisão de Lula e na vitória de Jair Bolsonaro.

E, pior, depois do impeachment, o ímpeto anticorrupção foi ignorado e a classe política voltou à carga com o mesmo apetite de sempre. A primeira lição que ficou foi que aquilo não passou de farsa, e que a solução viria de fora do processo democrático. Moro dava o exemplo de que eram necessárias figuras de fora do sistema político para limpar tudo. E assim, quando Bolsonaro anunciou sua candidatura à Presidência, em 2017, o ambiente estava pronto. Os mesmos que alertavam que Bolsonaro representava uma grave ameaça à democracia brasileira passaram os três anos anteriores desmontando a democracia brasileira. São os mesmos que construíram um culto em torno de um juiz de primeira instância em Curitiba, que lhe permitiram fazer o que quisesse, sem levar em conta quaisquer limites éticos ou legais, e que agora posavam de defensores das instituições. Assim, é a-histórico sugerir que a democracia começou a correr perigo apenas em 2018, com Bolsonaro eleito. A democracia brasileira tinha sido dilacerada por Sergio Moro e pelo impeachment.

E assim como a eleição de Jair Bolsonaro não é causa única do enfraquecimento da democracia, sua derrota não será a garantia da restauração. É vital que aqueles que se envolveram em atividades antidemocráticas antes de Bolsonaro ser eleito sejam responsabilizados. Remover o ex-capitão por si só não retirará as pessoas que pavimentaram sua vitória. Será necessário reafirmar os valores da democracia. São esses valores que causaram a transformação que vi no Brasil, e serão esses valores que recolocarão o País nesse caminho.

Assim como não há um único político como Bolsonaro que possa ser responsabilizado pela erosão da democracia brasileira, não há um salvador político como Lula da Silva que poderá restaurá-la sozinho. Os valores democráticos são um sistema de crenças que devem ser mantidas por todos. Se a democracia brasileira vai sobreviver, será preciso mudar muito mais do que o presidente.

PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº 1189 DE CARTACAPITAL, EM 23 DE DEZEMBRO DE 2021.

CRÉDITOS DA PÁGINA: MAURO PIMENTEL/AFP, JIMMY CHALK E VICTOR MORIYAMA/GETTY IMAGES/AFP – GERDAN WESLEY/PSDB NACIONAL E VICTOR MORIYAMA/GETTY IMAGES/AFP – PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESS/AFP E TV GLOBO

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