Entrevistas
O bolsonarismo já não é tão forte no Rio Grande do Sul, diz pré-candidato do PT
Para Edegar Pretto, que disputará o governo do estado, o antipetismo ‘é página virada’. ‘O Lula não fará menos que 40% dos votos aqui’, aposta
O pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, afirmou nesta sexta-feira 13 que a força política do presidente Jair Bolsonaro (PL) já não é tão forte no estado como foi na eleição de 2018. Por outro lado, o antipetismo, na sua avaliação, “já é página virada”.
Na última eleição presidencial, o candidato do PT, Fernando Haddad, teve 36,16% dos votos no estado no segundo turno. Já Bolsonaro somou 63,24% dos eleitores gaúchos.
“O bolsonarismo tem a sua força política, mas não é mais o que era e não será o que é”, declarou Pretto em entrevista a CartaCapital. “Viramos a página do Rio Grande do Sul ser um estado bolsonarista. No máximo, somos polarizados como sempre fomos”.
Na conversa, o petista apontou a presença do ex-presidente Lula (PT) na eleição deste ano como fator determinante para a diminuição da rejeição ao partido no estado.
“O Lula não fará menos que 40% dos votos aqui no Rio Grande do Sul no primeiro turno”, apostou Pretto. “O antipetismo também é página virada. Colocaram na cabeça das pessoas que bastaria tirar o PT do poder que os problemas seriam resolvidos. Muitos acreditaram, mas estão se dando conta que foi uma grande cilada”.
O pré-candidato, que tem uma aliança formada com PCdoB e o PV por conta da federação partidária, revelou que pretende ter no seu palanque o PSB, o PSOL e o PDT. O Rio Grande do Sul é um dos estados, junto com Espírito Santo e São Paulo, em que a aliança nacional entre PT e PSB não refletiu na disputa local.
“Se depender do PT, vamos formar essa frente já no primeiro turno”, contou Pretto. “Ainda há a possibilidade de aliança, pois tem uma predisposição pela unidade na base dos partidos. Uma chapa com PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB e PV seria a ideal. É a frente dos sonhos”.
No estado, o PSB pretender lançar Beto Albuquerque na disputa. “O PT quer se reconhecido pelo tamanho que tem. Não podemos nos diminuir para entrar em uma coligação mesmo sabendo que é necessária a união”, afirmou o pré-candidato.
O petista aposta que a polarização entre Lula e Bolsonaro na eleição presidencial será repetida no estado. Há dois pré-candidatos que podem ter o apoio do ex-capitão: o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) e o senador Luis Carlos Heinze (PP). Para ele, a renúncia do ex-governador Eduardo Leite (PSDB) e a promessa de não disputar a reeleição deixou a direita dividida no Rio Grande do Sul.
Assista a íntegra:
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