Entrevistas

‘Não dá para contar a história de Bolsonaro sem contar a da imprensa’

Para Jamil Chade e Juliana Monteiro, parte dos meios de comunicação do País foi cúmplice da vitória do atual presidente

Jamil e Juliana. Fotos: Reprodução
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A ascensão e a eleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018 contaram com a contribuição de boa parte da imprensa brasileira. A avaliação é dos jornalistas Jamil Chade e Juliana Monteiro em entrevista a CartaCapital.

Nesta semana, os comunicadores lançam o livro ‘Ao Brasil, com Amor’, pela Autêntica Editora, obra que reúne correspondências trocadas entre eles no período que vai de setembro de 2021 a julho deste ano. São reflexões sobre a vida pós-vacina da Covid-19 e as eleições no Brasil. Jamil vive em Genebra, na Suíça, e Juliana mora em Roma, na Itália.

No Brasil para o lançamento, os jornalistas falam sobre o papel desempenhado pelos meios de comunicação na vitória do atual presidente.

“Não dá para contar a história de Bolsonaro sem contar a da imprensa. Esta resposta é óbvia”, declara Jamil em conversa por vídeo. “A gente passou meses, eu diria anos, sem poder chamar aquilo ali de extrema-direita. Qual o outro nome para esse governo e esse movimento?”.

Na entrevista, o jornalista chega a dizer que a imprensa foi cúmplice na vitória do ex-capitão e cobra uma autocrítica imediata dos veículos, ao contrário do que ocorreu em relação ao golpe de 1964.

Para Juliana, é cedo para concluir se houve ou não aprendizado por parte da imprensa ao lidar diariamente com os ataques feitos à democracia pelo presidente.

“Não aprendemos com 1964 e nem com outras campanhas”, avalia, “mas existe uma parte da imprensa que tem corrido atrás desse prejuízo”.

Assista a entrevista completa:

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