Educação

Weintraub debocha de estudantes em post sobre carteirinha digital

Ministro da Educação fala em fim da mamata e sugere que os estudantes façam artesanato, por gostarem de ‘vida fácil’

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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, continua direcionando ataques à União Nacional dos Estudantes (UNE). Em um post no domingo 8, Weintraub retomou o assunto das novas carteirinhas estudantis digitais, propostas pelo governo Bolsonaro, para dizer que a instituição estaria em desespero com o fim da mamata – a UNE, assim como a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) cobram pela impressão e, com as digitais, isso não seria mais necessário.

 

“Desespero na UNE! Fim da mamata! Mas, tenham compaixão. Enviem sugestões para a UNE sair dessa (comuna adora grana/vida fácil). Segue a minha: ARTESANATO. Grupos de trabalho (experiência nova) fariam cachimbos de epóxi decorados (duendes, dragões). Mas não podem testar antes”, debochou o ministro.

Em uma segunda postagem, o ministro da Educação trouxe um exemplo do cachimbo de epóxi.

Na sexta-feira 6, o governo assinou uma Medida Provisória para criar as carteirinhas digitais. Elas poderão ser baixadas nas lojas Google Play e Apple Store e usada na tela do celular, sem necessidade de impressão. A emissão deve ter início em 90 dias. A Caixa Econômica Federal também deve oferecer o documento físico gratuitamente.

Na ocasião, Bolsonaro também criticou as entidades estudantis e disse que as carteirinhas digitais impedirão a promoção do socialismo. “Essa lei de hoje, apesar de ser uma bomba, é muito bem-vinda, vem do coração. E vai evitar que certas pessoas, em nossas universidades, promovam o socialismo. Socialismo esse que não deu certo em lugar nenhum do mundo, e devemos nos afastar deles”, declarou.

Ele ainda emendou que os recursos, hoje, param no bolso de quem “não estuda nem trabalha”. “Eu não sei quantos têm carteira no Brasil, vou chutar aqui uns 20 milhões. Se botaram aí 20 reais, vai dar quanto? Quatrocentos milhões. Talvez seja um pouco menos, que seja 100 milhões. São 100 milhões que deixam de sair do bolso de quem trabalha, para ir para o bolso de quem não estuda, nem trabalha”, argumentou. “Eles nem vão trabalhar mais, afinal de contas, agora o seu tempo laboral será zero. Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de uma carteirinha.”

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