Educação

Qual o impacto da suspensão das bolsas da Capes por Bolsonaro?

Na Universidade Federal do Ceará, 61 bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado foram cortadas; no Instituto de Biociência da USP, 38

Créditos: EBC
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O governo Jair Bolsonaro bloqueou as bolsas de mestrado e doutorado concedidas pela Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Não foram divulgadas informações sobre o tamanho do corte, mas foram atingidos benefícios em cinco programas: DS (Demanda Social), Proex (Programa de Excelência Acadêmica), Prosuc (Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior), Prosup (Programa de Suporte à Pós Graduação de Instituições de Ensino Particulares) e PND (Programa Nacional de Pós Doutorado).

Na Universidade Federal do Ceará, o corte vai impactar 61 bolsas de pesquisa de mestrado, doutorado e pós-doutorado. Segundo a instituição, as vagas que seriam destinadas a novos alunos aprovados nos programas foram retiradas do sistema. No instituto de Biociência da USP, 38 bolsas foram cortadas, 17 de mestrado, 19 de doutorado e duas de pós-doutorado, relativas a estudos nas áreas de botânica, ecologia, fisiologia, genética e zoologia.

 

A decisão pelo corte foi tomada no último dia 3, pela diretoria executiva da Capes, devido ao não pagamento dos recursos no mês de abril, sem qualquer comunicação com as instituições e pesquisadores.

A Capes distribui cerca de 200 mil bolsas de mestrado e de doutorado diretamente às instituições públicas e privadas que possuem cursos de pós-graduação stricto sensu avaliados pela agência e com nota igual ou superior a 3. As bolsas da Capes são institucionais, ou seja, são distribuídas às instituições de ensino superior (IES), que repassam aos alunos por meio de processo seletivo. É a Capes, no entanto, a responsável pelo pagamento da bolsa, feito via depósito diretamente na conta bancária do bolsista.

Estudantes do mestrado recebem 1.500 reais. Aos bolsistas de doutorado e pós-doutorado é pago, respectivamente, 2,200 reais e 4,100 reais.

A medida teve ampla repercussão nas redes sociais. Confira algumas reações:

1. Margarida Salomão, deputada federal pelo PT-MG

2. Marcelo Rubens Paiva, escritor e jornalista

3. Glauco Silva, professor, sociólogo e antropólogo

4. Fernanda Melchionna, deputada federal PSOL-RS

5. Glauber Braga, deputado federal PSOL-RJ

6. Randolfe Rodrigues, senador pela Rede

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