Educação

MEC vai avaliar alfabetização de estudantes por amostragem

MEC não deu informações sobre os critérios. Até a última prova todos os estudantes do 3º ano do Fundamental eram avaliados

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O ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou nesta quinta-feira 2 que a avaliação da alfabetização das crianças será feita por amostragem. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa dada pelo ministro e pelo presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Elmer Coelho Vicenzi.

A avaliação é feita pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) que mede os conhecimentos dos estudantes em Língua Portuguesa e Matemática. As médias de desempenho do Saeb, juntamente com os dados sobre aprovação, obtidos no Censo Escolar, compõem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

Até a última prova do Saeb, realizada em 2017, e divulgada em 2018, a avaliação era feita com todos os estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental, de escolas públicas e privadas. Agora serão avaliadas parte dos estudantes do 2º ano do Fundamental, aos 7 anos de idade e não mais aos 8. A antecipação da idade havia sido pedida pelo governo de Michel Temer. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC), documento que define as habilidades a serem adquiridas no processo de aprendizagem, prevê a alfabetização das crianças até o 2º ano do Ensino Fundamental.

Até o momento o governo não apresentou detalhes sobre os critérios para a amostragem. A dúvida que fica é se o recorte não pode prejudicar a série histórica de dados e se, de fato, trarão a representatividade necessária para a indução de ações efetivas.

As provas realizadas com os estudantes do quinto e nono ano do Ensino Fundamental e o terceiro ano do Ensino Médio não mudam, ou seja, todos os estudantes das etapas serão avaliados.

No mês de março, o governo chegou a anunciar a suspensão da avaliação da alfabetização este ano e o seu adiamento para 2021. A decisão teria sido tomada pelo ex-presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues, a pedido do próprio Ministério da Educação. A decisão foi mais uma que repercutiu negativamente e culminou na demissão de Rodrigues, ainda sob o comando do ex-ministro da educação Ricardo Vélez Rodríguez. O MEC não sustentou a suspensão e agora volta com a avaliação por recorte amostral.

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