Educação

Atos pró-educação levam 300 mil a São Paulo e 100 mil ao Rio

MEC diz que professores, pais e alunos não podem divulgar protestos. Uma greve geral segue anunciada para o dia 14 de junho

(Foto: Ana Luiza Basilio)
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Sob as palavras de ordem “Ô Bolsonaro, presta atenção, os estudantes vão fazer revolução”, milhares de manifestantes foram às ruas de São Paulo nesta quinta-feira em defesa da educação. O ponto de encontro foi o Largo da Batata, em Pinheiros, de onde os manifestantes saíram em marcha juntamente com líderes estudantis, de movimentos sociais e sindicais em direção à Avenida Paulista. A União Nacional dos Estudantes (UNE) chegou a falar em mais de 300 mil pessoas participando do ato.

(Foto: Maiakovski Pinheiro/UNE)

Ainda na concentração, o Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e candidato a presidente em 2018, Guilherme Boulos criticou uma declaração do ministro da educação Abraham Weintraub de que os professores estariam coagindo estudantes a irem às manifestações. “Acho que ele ainda não entendeu o que está acontecendo. São os estudantes que estão nos puxando para irem às ruas”, declarou. Boulos afirmou que além da defesa pela educação, o ato também significava uma homenagem à memória de Paulo Freire, patrono da educação, amplamente atacado por integrantes e apoiadores do governo Bolsonaro.

Esta tarde, o Ministério da Educação divulgou uma nota afirmando que as instituições públicas não têm prerrogativa legal para incentivar movimentos político-partidários e promover a participação de alunos em manifestações. “Com isso, professores, servidores, funcionários, alunos, pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. Caso a população identifique a promoção de eventos desse cunho, basta fazer a denúncia pela ouvidoria do MEC por meio do sistema e-Ouv“, declarou em nota. O texto também coloca que os servidores não podem deixar de desempenhar suas atividades nas instituições de ensino para participarem desse movimentos, sob risco de terem o ponto cortado, em caso de falta injustificada.

O movimento contra o governo e em defesa da educação se espalhou por 183 cidades de 22 Estados, segundo contagem da UNE. Manifestantes também protestaram fora do país como em Londres, na Inglaterra, e em Genebra, na Suíça. A expectativa é por uma greve geral anunciada para o dia 14 de junho.

No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram no centro e percorreram cerca de 1km em um trajeto da Igreja da Candelária até a região da Cinelândia. Cerca de 100 mil pessoas aderiram ao protesto, a mesma quantidade que tomou as ruas da capital pernambucana Recife. Belém do Pará somou 40 mil pessoas. São Luís do Maranhão levou 30 mil  às ruas e Macapá, no norte do país, levou 20 mil.

Confira algumas imagens que marcaram a quinta-feira de protestos pelo País.

(Foto: Karla Boughoff/UNE)

(Foto: Laura Barbosa)

(Fotos: Ana Maria Guidi)

         (Fotos: Juliana Marinho)

        (Fotos: Lia Castanho)

        (Fotos: Gabriela Nogueira)

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