Economia

MST capta 17,5 milhões em sua maior operação no mercado de capitais

Cooperativas ligadas ao movimento lançaram títulos para financiar a produção nas áreas da reforma agrária

Foto: MST
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Cooperativas ligadas ao Movimento dos Sem Terra (MST) alcançaram a sua maior operação no mercado de capitais: conseguiram atingir a meta e captar R$ 17,5 milhões com a emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) para financiar a produção nas áreas da reforma agrária.

Os títulos do CRA foram emitidos no mercado pela securitizadora Gaia Impacto, com o valor de R$ 100 cada e uma remuneração de 5,5% ao ano. Os títulos foram distribuídos pela corretora Terra Investimentos, com o valor mínimo por cota de R$ 100. O valor máximo reservado por um único investidor foi de R$ 1 milhão.

Um levantamento preliminar aponta que, no período da operação, mais de 5 mil contas foram abertas na corretora e pelo menos 1.600 clientes manifestaram interesse em adquirir as cotas. Será divulgado um balanço completo da operação para o mercado na quinta-feira 16.

As cooperativas que receberão os recursos estão localizadas nos estados de Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Até vencimento dos títulos, em julho de 2026, elas terão que pagar pelo financiamento obtido na captação e garantir a remuneração do investidor com uma taxa prefixada de 5,5% ao ano.

Cerca de 13 mil famílias serão beneficiadas pela operação e pretendem investir na ampliação e modernização da estrutura para a produção de leite, milho, arroz, soja, açúcar mascavo e suco de uva. No ano passado, a Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan) no Rio Grande do Sul levantou R$ 1 milhão, em uma oferta restrita destinada apenas a investidores qualificados.

Essas ações fazem parte do programa Finapop, criado em 2020 inspirado no banco Triodos com sede na Holanda, como uma alternativa de crédito para financiar a agricultura familiar em um quadro de dificuldades de ampliar os investimentos pela burocracia, juros elevados e desinteresse do mercado.

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