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Os maiores bancos rejeitam oferecer crédito consignado a beneficiários do Auxílio Brasil

Imagem: André Coelho/Getty Images/AFP
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Conjunção astral raríssima alinhou Bradesco, Itaú e o Instituto de Defesa do Consumidor em oposição à oferta de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil, aprovado pelo presidente Jair Bolsonaro. Os próprios presidentes dos dois maiores bancos privados do País, ­Octavio de Lazari Júnior ­(Bradesco) e Jorge ­Maluhy (Itaú), declararam, em público, que esse tipo de empréstimo é inadequado para pessoas “vulneráveis”. ­Santander, BMG, Inter e Nubank também notificaram a imprensa de que não vão operar a linha. Segundo o Idec, trata-se de “um retrocesso na luta contra o superendividamento da população, principalmente entre os mais pobres”. A perspectiva é de que os juros cheguem a 79% ou até 98% ao ano. ­“Como é uma taxa de juros muito alta e uma operação em que os beneficiários terão o ­auxílio por período definido, entendemos que é melhor não operar na carteira, pois estamos falando de vulneráveis”, afirmou o presidente do Bradesco. Para a coordenadora do ­Programa de Serviços Financeiros do Idec, Ione Amorim, o consignado do Auxílio deveria ser operado somente pela Caixa, ­amparado em um fundo do governo que “teria o intuito de proteger os consumidores vulneráveis da restrição ao acesso a bens básicos de consumo e ao superendividamento”.

Imagem: Redes sociais


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