Economia

Desemprego sobe e bate recorde de 14,4% em agosto, diz IBGE

Aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas procurando emprego, diz analista

População nas ruas de Belém (Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará) População nas ruas de Belém (Foto: Bruno Cecim/Ag.Pará)
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O desemprego no País bateu novo recorde e atingiu 13,8 milhões de pessoas no trimestre que vai de junho a agosto. No período, houve fechamento de 4,3 milhões de postos de trabalho, segundo a pesquisa PNAD-Contínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nest asexta-feira 30.

De acordo com o levantamento, a taxa de desocupação alcançou 14,4%,  um crescimento de 1,6 ponto percentual em relação ao trimestre de março a maio (12,9%) e 2,6 pontos a frente ao trimestre que vai de junho a agosto de 2019 (11,8%).  São cerca de 1,1 milhão de pessoas a mais à procura de emprego frente ao trimestre encerrado em maio.

Para Adriana Beringuy, analista da pesquisa no órgão, o índice representa a volta à busca por emprego com a flexibilização das medidas de isolamento social.

“Esse aumento da taxa está relacionado ao crescimento do número de pessoas que estavam procurando trabalho. No meio do ano, havia um isolamento maior, com maiores restrições no comércio, e muitas pessoas tinham parado de procurar trabalho por causa desse contexto. Agora, a gente percebe um maior movimento no mercado de trabalho em relação ao trimestre móvel encerrado em maio”, explica.

Ou seja, até o trimestre passado, havia a perda da ocupação e o aumento da inatividade: as pessoas perdiam os empregos, mas não iam procurar imediatamente por outros por conta da fase mais aguda da pandemia e da quarentena mais restritiva.

Além do desemprego, o IBGE também aponta que a taxa de subutilização alcançou 30,6% e foi recorde na série. Com isso, a população subutilizada chegou em 33,3 milhões de pessoas.

Contra a corrente, houve crescimento na população ocupada em apenas um dos dez grupamentos de atividade -na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Segundo o IBGE, foi um aumento de 2,9% no trimestre, o que representa 228 mil pessoas a mais trabalhando no setor.

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