Cultura

Shows, eventos-teste e festivais revelam a realidade da pandemia lá fora

Enquanto caminha a vacinação nos EUA e Europa, apresentações musicais presenciais vão aos poucos se confirmando ainda para 2021

Show da banda Love of Lesbian em Barcelona. Foto: Reprodução Facebook
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Não vem dos Estados Unidos nem da Europa as notícias de shows musicais com a presença de grande público, mas sim da Oceania. Antes mesmo da virada do ano, a Nova Zelândia realizou de 28 a 31 de dezembro seu maior festival, o Rhythm and Vines, sem uso de máscara e distanciamento social.

No começo de janeiro, entre os dias 3 e 5, no mesmo país, outro festival, o Bay Dreams, trouxe até artistas estrangeiros. Mas eles ficaram em quarentena em um hotel antes de se apresentarem, para saber se não levavam para ilha o vírus da Covid-19.

No primeiro festival foram cerca de 20 mil pessoas e no segundo, mais de 10 mil. Num sábado de março foi realizado um show de rock de uma banda local no principal estádio da capital neozelandesa, Wellington. Nessa apresentação foram 30 mil espectadores. No site da arena a programação segue normal, com venda de ingressos para assistir partidas do esporte nacional preferido, o rúgbi, nas próximas semanas, e avisa não ter restrições para aglomerações.

Na vizinha Austrália, a banda Midnight Oil fez um show presencial no dia 20 de março na cidade portuária de Geelong para 13 mil pessoas, sem distanciamento entre elas ou o uso de máscara.

Mais recentemente, no dia 27 de março, Barcelona fez um evento-teste oficial com todos os presentes testados antes da apresentação. Foram cerca de 5 mil pessoas assistir a banda independente Love of Lesbian. Não se exigiu distanciamento, mas na arena Palau Sant Jordi foi necessário usar máscara.

Esse show na Catalunha contou com uma equipe médica do governo local na supervisão. Só aceitaram espectadores entre 18 e 65 anos.

Boa parte de quem assistiu ao show foi testada em três locais diferentes na cidade; a outra, minutos antes do espetáculo, já na arena espanhola. O resultado foi enviado para o celular, por meio de um aplicativo. Seis deram positivo.

Na mesma data, em outro local da Europa, dessa vez em Berlim, liderado pela comissão de cultura do Senado alemão, organizou-se um show em uma casa noturna, para ensaiar um protocolo sanitário padrão de retomada de eventos culturais.

Além dos presentes serem testados, foi necessário usarem máscara e manter o distanciamento.

Festivais

Com a proximidade do verão no hemisfério norte, apressa-se as definições dos festivais nos Estados Unidos e Europa, se irão ou não ocorrer por conta da pandemia, apesar da corrida pela vacinação de seus habitantes.

No começo de 2021, a organização do festival de Glastonbury, na Inglaterra, anunciou que não realizaria pelo segundo ano seguido um dos mais tradicionais eventos de música do mundo. Mas o conhecido Reading and Leeds Festivals, no mesmo Reino Unido, está confirmado de 27 a 29 de agosto.

O gigante Summerfest, que acontece em Milwaukee, nos Estados Unidos, foi adiando de junho, mês habitual do acontecimento, para setembro.

No finalzinho de março, o Montreux Jazz Festival foi confirmado em formato presencial. Mas há restrições, atendendo as diretrizes locais de combate à Covid-19. O palco principal será instalado no Lago de Genebra a 25 metros da costa, e o público ficará distribuído na margem, com limitação de pessoas.

Outros palcos paralelos do festival serão montados em locais abertos, como nos jardins do luxuoso hotel Fairmont Le Montreux Palace. O evento suíço acontecerá entre os dias 2 e 17 de julho.

Enquanto isso, aqui, no mês passado, a organização do Rock in Rio informou que a nona edição do acontecimento, prevista para setembro e outubro, ficou para o ano que vem. Não houve surpresa no anúncio.

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