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YouTube derruba live em que Bolsonaro dissemina novas mentiras sobre vacinas

A plataforma também bloqueou a publicação de novos vídeos por uma semana

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O YouTube tirou do ar, nesta segunda-feira 25, a live exibida em 21 de outubro em que o presidente Jair Bolsonaro associou a vacinação contra a Covid-19 à transmissão da Aids. A plataforma também bloqueou a publicação de novos vídeos no canal por uma semana.

A medida ocorre após o Facebook ter removido o vídeo, que seguia disponível para acesso no perfil do presidente.

De acordo com o YouTube, que pertence ao Google, a suspensão dobrará de período se Bolsonaro publicar um novo vídeo com desinformações nos próximos 90 dias.

Na ocasião, Bolsonaro havia citado como referência uma matéria que, posteriormente, disse ter sido publicada na revista Exame, mas é falso que a reportagem tenha afirmado que a vacina contra a Covid-19 faça o paciente desenvolver síndrome da imunodeficiência adquirida, a Aids.

“Só vou dar a notícia, não vou comentar. Já falei sobre isso no passado, apanhei muito. Vamos lá: ‘Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados […] estão desenvolvendo síndrome da imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto'”, disse Bolsonaro.

A declaração foi rebatida por cientistas. Segundo especialistas, nenhuma vacina, não apenas a que protege contra a Covid-19, faz com que as pessoas desenvolvam Aids.

Confira na íntegra a nota do YouTube:

“Removemos um vídeo do canal de Jair Bolsonaro por violar as nossas diretrizes de desinformação médica sobre a COVID-19 ao alegar que as vacinas não reduzem o risco de contrair a doença e que causam outras doenças infecciosas. As nossas diretrizes estão de acordo com a orientação das autoridades de saúde locais e globais, e atualizamos as nossas políticas à medida que a orientação muda. Aplicamos as nossas políticas de forma consistente em toda a plataforma, independentemente de quem for o criador ou de sua opinião política.”

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