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‘Vossa Excelência perdeu’, diz Gilmar a Barroso, que saiu em defesa de Moro

Barroso proferiu um voto pró-Lava Jato e tentou anular a suspeição do ex-juiz

Foto: Reprodução Mendes durante exposição em videoconferência realizada pelo MST
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Os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, protagonizaram um forte embate no encerramento da sessão desta quinta-feira 22. No julgamento, a Corte formou maioria para confirmar a decisão, tomada pela Segunda Turma da Corte no mês passado, que reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá.

Gilmar argumentou que o processo sobre a suspeição estava sob sua responsabilidade na Segunda Turma, após pedido de vista. Ele liberou o caso para julgamento no colegiado após o ministro Edson Fachin anular as condenações de Lula na Lava Jato e, com isso, tentar esvaziar o julgamento sobre a suspeição de Moro.

“Talvez isso exista no código do Russo [apelido de Moro nas conversas de procuradores reveladas pela ‘Vaza Jato’]. Aqui não”, disse Gilmar.

“Existe no código do bom senso. O respeito aos outros. Se um colega acha uma coisa e outro acha outra, é um terceiro que tem que decidir”, retrucou Barroso. E acrescentou:

“Vossa Excelência sentou na vista durante dois anos e depois se acha no direito de ditar regra para os outros”.

“Vossa Excelência perdeu”, rebateu Gilmar, que criticou o “moralismo” do colega.

Barroso proferiu um longo voto em defesa da Lava Jato e de seu suposto legado no combate à corrupção no Brasil. Também disse que a operação não contribuiu com a “criminalização da política”. Ele votou para reverter a suspeição de Moro, mas restou vencido ao lado de Fachin.

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