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Vecina, ex-diretor da Anvisa: atitude do governo sobre a vacinação é criminosa

Ele também disse ser uma ‘imoralidade as pessoas que têm dinheiro terem acesso à vacina antes das pessoas que não têm dinheiro’

Gonzalo Vecina e Jair Bolsonaro. Fotos: Divulgação e Marcos Corrêa/PR
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Médico sanitarista e um dos fundadores da Agência Brasileira de Vigilância Sanitária, Gonzalo Vecina criticou nesta quarta-feira 6 a condução, pelo governo federal, do processo de vacinação contra a Covid-19.

“Nós temos essas duas vacinas, a de Oxford e a CoronaVac, por causa da Fiocruz e do Butantan. O Ministério da Saúde não moveu uma palha. Essa é uma questão que tem que ser repercutida. Chega a ser criminosa a forma como o Ministério da Saúde e o governo federal trataram a questão da vacinação”, afirmou Vecina ao jornal Correio Braziliense.

À Folha de S.Paulo, o sanitarista também analisou os riscos envolvidos na oferta de imunizantes contra a Covid-19 por clínicas privadas.

“O maior risco é o moral mesmo. É uma imoralidade as pessoas que têm dinheiro terem acesso à vacina antes das pessoas que não têm dinheiro numa sociedade tão desigual como a nossa. As pessoas podem dizer: ‘ah, mas isso é galinha morta; no Brasil, é assim mesmo’. Só que é uma galinha morta no meio de uma pandemia onde os nervos estão muito mais expostos, onde a gente tem que tomar muito mais cuidado para que essa pandemia não produza mais desigualdade ainda”, apontou.

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