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Universidades ameaçam paralisar atividades por falta de verba

Até desenvolvimento de vacina brasileira contra a Covid-19 está sob risco, afirma reitora

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Pelo corte de orçamento imposto para o ano letivo de 2021, universidades consagradas como a Unifesp e a UFRJ temem precisar paralisar serviços até o meio do ano. As afirmações foram feitas por ambas as instituições em resposta a uma reportagem do jornal O Globo.

“A principal ação orçamentária, onde se encontram alocados os recursos para funcionamento da universidade, incluindo as despesas básicas como energia elétrica, água, limpeza, manutenção, vigilância, insumos para laboratórios de graduação, entre outros, que em 2020 foi de R$ 66 milhões, hoje, na prática, é de R$ 21,1 milhões, suficientes para manutenção das atividades até o mês de julho.”, informou a Unifesp, em nota.

No caso da UFRJ, até mesmo o desenvolvimento de uma vacina brasileira contra a Covid-19 corre riscos. “As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos”, declarou a reitora da instituição, Denise Pires Carvalho.

A Educação foi a pasta que mais teve bloqueios feitos no Orçamento final sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Foram 2,7 bilhões de reais de bloqueios e mais 1,2 bilhão de vetos.

Os bloqueios encaixam-se nos gastos discricionários contingenciados para 2021 – isso é, pagamentos obrigatórios que estão paralisados até segunda ordem. Caso não sejam liberados até o fim do ano, ficam caracterizados como corte.

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