CartaExpressa

‘Sentimento de perplexidade’, diz o decano do STF após o Exército livrar Pazuello

‘Aprende-se que disciplina e hierarquia são a medula óssea das Forças Armadas’, declarou o ministro Marco Aurélio Mello

Marco Aurélio
O ministro Marco Aurélio Mello. Foto: Nelson Jr./STF Fux quis jogar para a turba, resume Mello. Foto: STF
Apoie Siga-nos no

O ministro Marco Aurélio Mello, decano do Supremo Tribunal Federal, disse nesta quinta-feira 3 que “o sentimento é de perplexidade” ante a decisão do Exército, anunciada nesta tarde, de livrar o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello de qualquer punição por comparecer a um ato político com o presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o ministro do STF, a postura do Exército, cujo impacto ainda não se pode mensurar, abre um “preocupante precedente” e contraria princípios fundamentais para as Forças Armadas. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

“Aprende-se que disciplina e hierarquia são a medula óssea das Forças Armadas. Nesta ordem, disciplina e hierarquia”, acrescentou Marco Aurélio.

Em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta, Bolsonaro tentou argumentar que o ato no Rio de Janeiro com o general Pazuello não teve caráter político.

“Foi um movimento de motociclistas, pela liberdade e em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Alguma coisa política nisso? Tinha alguma bandeira vermelha lá? Acho que ninguém tem coragem de levantar uma bandeira vermelha no meio daquele povo. Tinha alguma bandeira de partido político? Nada”, disse o ocupante do Palácio do Planalto na live.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.