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Procurador vê ‘suposto conflito de interesse’ em contratação de Moro

Para o ministro Bruno Dantas, do TCU, a contratação do ex-juiz pela empresa Alvarez & Marsal foi ‘no mínimo peculiar e constrangedora’

Foto: Lula Marques/Fotos Públicas
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O Tribunal de Contas da União determinou que a empresa Alvarez & Marsal, administradora judicial das empresas do grupo Odebrecht, explique  como contratou o ex-juiz Sergio Moro para a sua equipe. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.

Para o ministro Bruno Dantas,  a contratação “no mínimo peculiar e constrangedora”. Ele aceitou os argumentos do Ministério Público Federal junto ao TCU que apontam o eventual conflito de interesses.

De acordo com a matéria, o procurador Lucas Rocha Furtado ressalta que Moro, em sua atuação na Operação Lava Jato, “pode ter contribuído para a situação de insolvência da empresa [Odebrecht]”.

O procurador afirmou, em seu pedido de esclarecimentos, “suposto conflito de interesse do agente que, em um primeiro momento, atuou em processo judicial com repercussões na esfera econômica e financeira da empresa e que, posteriormente, aufere renda, ainda que indiretamente, no processo de recuperação judicial para o qual seus atos podem ter contribuído”.

Já Danta alega que “é elevadíssimo o risco de conflito de interesse na atuação desse profissional [Moro]. Em um primeiro momento, contribui para a situação econômico-financeira atualmente vivenciada pela empresa. Na sequência, passa a auferir renda junto à administradora judicial [Alvarez & Marsal] nomeada na recuperação judicial. Como se diz popularmente, o mesmo agente teria atuado nos ‘dois lados do balcão'”.

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