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Presidente da Petrobrás defende lucro e diz ser contra tabelar preço de combustíveis

Só neste ano, a Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50%

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O presidente da Petrobrás, o general de Exército da reserva Joaquim Silva e Luna negou que a empresa seja responsável pela alta de preço dos combustíveis e que a busca por lucro não deve ser condenada. Só neste ano, a Petrobras subiu a gasolina em 60% nas refinarias, e o diesel, em mais de 50%.

“O que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por ‘canetadas’, disse em entrevista ao UOL.

Silva e Luna defendeu que a estatal não tem como controlar os preços dos combustíveis praticados no Brasil e atribuiu a alta às consequências da pandemia e da retomada econômica, além de citar que fatores climáticos como ‘pouca chuva e pouco vento’ também interferem no cenário.

Ainda disse que decisões de governos passados, que optaram pelo congelamento de preços se mostraram completamente equivocadas.

“O Brasil já tentou medidas heterodoxas em outros momentos, sempre sem sucesso. Tabelar preços sempre trouxe as piores consequências econômicas para qualquer país que o faça. E ninguém imagina cometer erros velhos”, disse.

A atual política de preços da Petrobrás foi colocada em vigor durante o governo Temer que estabeleceu a chamada a política de paridade internacional (PPI), repassando os aumentos dos preços do petróleo no mercado internacional e também do dólar. Só a moeda subiu quase 30% em 2020 e acumula alta de 5% neste ano.

Embora a situação da inflação no País se deva também ao conturbado cenário político, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, têm dito que a alta de preços é um fenômeno mundial.

Na quinta-feira 14, o presidente sinalizou o interesse de privatizar a companhia uma vez que, segundo ele, não pode controlar os preços. “Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer, porque o que acontece: eu não posso, não é controlar, eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha”, disse em entrevista à rádio Novas de Paz, de Recife.

Questionado sobre a possibilidade, o presidente da estatal disse que essa decisão cabe ao governo. “Considero que essa é uma escolha do acionista majoritário [o governo]”.

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