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Precisa Medicamentos não pode mais vender Covaxin no Brasil

Anúncio da extinção do contrato foi anunciado pelo laboratório indiano Bharat Biotech

Foto: Prakash SINGH / AFP
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A Precisa Medicamentos, alvo de suspeitas de corrupção nas negociações da Covaxin com o governo do presidente Jair Bolsonaro, não pode mais vender o imunizante indiano no Brasil. O anúncio foi feito pela Bharat Biotech, fabricante da vacina nesta sexta-feira 23. A informação é do UOL.

A empresa brasileira é investigada por suspeita de sobrepreço de 1.000% no produto; quebra de cláusulas e prazos de contrato; adulteração de documentos oficiais; e outras diversas irregularidades na venda de 20 milhões de doses ao Brasil. O negócio custaria ao País 1,6 bilhões de reais. Após as denúncias, o contrato foi suspenso.

A Precisa também recebeu 9,5 milhões de reais adiantados de clínicas privadas por doses dos imunizantes que nunca foram entregues e sequer tinham autorização para serem vendidos.

Francisco Maximiano, dono da empresa, também é alvo de diversas investigações. O sócio teria movimentado valores incompatíveis com a renda declarada logo após o fechamento do contrato com o governo brasileiro. As relações de Maximiano com nomes ligados ao governo também são investigadas.

Após as revelações das suspeitas contra Maximiano e Precisa, o laboratório indiano Bharat Biotech decidiu encerrar a parceria.

Em nota, a Bharat afirmou que, mesmo com o fim do contrato, continuará a trabalhar na liberação para uso da Covaxin junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

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