CartaExpressa

Pfizer disse que ressarciria Brasil se não enviasse doses e governo ignorou

Planalto só fecharia acordo com a farmacêutica sete meses depois, em março deste ano

O presidente Jair Bolsonaro. Foto: Alan Santos/PR
Apoie Siga-nos no

Documentos obtidos pela CPI da Covid, no Senado Federal, mostram que, em agosto de 2020, a Pfizer se comprometeu a reembolsar o Brasil por qualquer pagamento antecipado caso não conseguisse cumprir com o contrato de fornecimento de 30 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

O governo do presidente Jair Bolsonaro, no entanto, só fecharia acordo com a farmacêutica sete meses depois, em março deste ano.

A informação, que foi divulgada pela TV Globo no último domingo 13, consta em uma correspondência enviada pela embaixada do Brasil nos Estados Unidos ao Ministério das Relações Exteriores, à época comandado por Ernesto Araújo.

De acordo com a reportagem, os diplomatas brasileiros confirmam que a Pfizer “se comprometeria a devolver ao governo brasileiro todo e qualquer pagamento antecipado, na hipótese em que a empresa não consiga honrar a obrigação de entregar a quantidade acordada da vacina”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar