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Para Lira, ainda não há circunstância para impeachment de Bolsonaro

‘Enquanto a economia tiver em crescimento’ não há uma justificativa para pautar o impedimento, explicou o presidente da Câmara

O deputado Arthur Lira, ao lado do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução/Redes Sociais Foto: Reprodução redes sociais
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Para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não há ‘circunstância’ para o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Foi o que defendeu o parlamentar em entrevista concedida ao jornal O Globo nesta terça-feira 22. Na conversa, o parlamentar também disse enxergar a CPI da Covid como um erro e defendeu a posição de que não houve atraso na compra da vacina da Pfizer pelo governo federal.

“O impeachment é feito com circunstâncias, com uma política fiscal desorganizada, uma política econômica troncha. O impeachment é político”, afirmou.

Lira então foi questionado se as 500 mil mortes pela Covid-19 não seriam motivos suficientes para pautar o processo. “499 mil [mortes] seriam. 501 mil seriam. Uma seria. A questão é sobre se tem [circunstâncias]. Tem? Ou é uma parte que está pedindo? Vai resolver o quê? É o [vice-presidente Hamilton] Mourão que vai resolver? O que é que vamos fazer com o impeachment?”.

Mais adiante, explicou quais seriam essas circunstâncias. Segundo Lira, o impeachment não é feito “só disso”, se referindo ao grande número de vítimas pela Covid-19 no País, mas de um “um conjunto de coisas”. Para ele, a principal motivação se refere ao andamento da economia.

“Enquanto a economia tiver em crescimento” não haveria uma justificativa para pautar o impedimento de Bolsonaro na Câmara.

CPI da Covid

Sobre a CPI da Covid no Senado, o presidente da Câmara disse ver a Comissão como um erro.

“Neste momento, a CPI é um erro. A guerra está no meio. Como é que você vai apurar crime de guerra no meio da guerra?”, apontou. “A CPI polarizou politicamente e não vai trazer efeito algum, a não ser que pegue alguma coisa”, completou.

Já em relação ao atraso na compra da vacina da Pfizer, o deputado disse ter participado de uma reunião com os representantes da empresa em fevereiro e que as doses “perdidas” pela demora não “resolveria o problema”.

Para o parlamentar, o atraso se justificaria por dois motivos: nenhum outro País tinha fechado uma grande compra com a empresa em agosto de 2020 e o imunizante ainda não estava aprovado pela Anvisa.

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