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OAB-RJ diz que operação policial que matou Kathlen foi ilegal
Relatos de moradores e familiares apontam ‘tocaia’ da policia; a PM fala em ‘ataque’. A jovem foi atingida com um tiro de fuzil no tórax
A Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ declarou que há elementos para considerar ilegal a ação policial que resultou na morte da jovem Kathlen Romeu, na terça-feira 8, após ser atingida por um tiro no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro.
O procurador da comissão, o advogado Rodrigo Mondego, disse que relatos de moradores e familiares apontam para o possível uso do método de ‘troia’ pela polícia, quando agentes ficam escondidos em uma casa para surpreender traficantes.
Ainda de acordo com a OAB, a ação desrespeita determinação do STF, com base na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, que, no estado, só permite atuação de policiais dentro das favelas em casos excepcionais e aplicando medidas para reduzir mortes.
A Polícia, por sua vez, sustenta a tese de que não houve operação policial e que a corporação apenas revidou a ação de homens armados, que teriam atacado uma equipe da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Lins.
Causa da morte
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que jovem veio a óbito depois de ser atingida com um tiro de fuzil no tórax. Ainda de acordo com o documento, o projétil de arma de fogo foi transfixante, ou seja, não ficou alojado no corpo, e causou hemorragia interna, o que determinou a morte de Kathlen.
Segundo a Polícia, 21 armas dos policiais foram apreendidas: 10 fuzis do tipo 7.62; 02 fuzis do tipo 5.56; e 09 pistolas .40. Policiais que participaram de uma ação no Complexo do Lins na última terça-feira 8 afirmaram ter dado sete tiros de fuzil. O caso segue em investigação.
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