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Nicolelis: A terceira onda tem um potencial letal extraordinário

‘Temos que achar uma solução política para remover um governo que se negou a fazer tudo o que era preciso ser feito’, diz o médico

Créditos: divulgação
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O médico Miguel Nicolelis, um dos mais renomados neurocientistas brasileiros e professor catedrático da Universidade Duke (EUA), fez previsões ainda mais estarrecedoras do cenário brasileiro para os próximos meses.

Para o cientista, o Brasil já entrou na terceira onda da Covid-19, que deve se acentuar ainda mais com a chegada do inverno no país. O potencial seria ainda mais letal, segundo Nicolelis revelou ao jornal O Globo.

“A terceira onda já se iniciou e vai ocorrer novamente no inverno. Ela tem um potencial letal extraordinário”. O médico completou ainda que, se sua previsão se confirmar novamente, teremos o auge da nova onda em um momento muito pior do ponto de vista hospital, sem condições humanas e insumos suficientes para abrir novos leitos.

Em entrevista recente a CartaCapital, Nicolelis já havia alertado para os riscos dessa terceira onda e destacado que o País só superaria esse momento com ‘com 3 milhões de vacinas por dia e lockdown’.

Em março deste ano, o médico também projetou que o Brasil chegaria à marca de 500 mil mortos em 19 de julho. A marca, porém, deve ser atingida já nos próximos dias.

“É como se o Brasil tivesse desistido de combater a pandemia neste momento”, concluiu Nicolelis ao tratar da omissão e ineficiência do governo federal ao lidar com a pandemia. Para ele, o presidente Jair Bolsonaro e sua equipe não conseguiram fazer nada de eficiente no combate ao vírus.

O neurocientista é categórico ao tratar dos motivos que levaram o Brasil a essa situação. Decisões incorretas do governo, falta de ações de isolamento e a não criação de comando central foram alguns dos pontos da longa lista de ineficiências que levaram o País para este caminho.

“Temos que achar uma solução política para remover um governo que se negou a fazer tudo o que era preciso ser feito”, enfatizou. “Daqui a 50 anos, quando a pandemia for contada na História do Brasil, ninguém vai acreditar”, conclui.

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