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‘Não é garantismo. É uma indecência’, diz Gilmar ao criticar argumento de Kassio Nunes

O ministro reforçou a necessidade de reconhecer a suspeição de Sergio Moro

O ministro Gilmar Mendes, do STF. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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O ministro Gilmar Mendes, que já se manifestou pelo reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, reforçou seus argumentos na sessão desta terça-feira 23.

Ele se pronunciou logo após o voto de Kassio Nunes Marques, que saiu em defesa de Moro e negou a suspeição. Na reta final de seu discurso, o mais novo ministro da Corte disse que “todo magistrado tem a obrigação de ser garantista”.

Gilmar rebateu: “A juiza Fabiana Alves Rodrigues destaca o protagonismo das medidas de condução coercitiva que, pelo menos até antes das decisões do Supremo, eram utilizadas como programa de rotina para execração pública dos investigados ao arrepio da lei”, afirmou.

“Isto, ministro Kássio, nada tem a ver com garantismo. Isto é uma indecência”, completou Mendes.

Segundo ele, “o uso recorrente da condução coercitiva, diz a juíza, para prestar depoimento sem prévia intimação tem por trás aparentemente a estratégia de constranger os investigados a prestar esclarecimentos”.

A sessão continua. Assista:

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