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Moro diz que ‘poupou Lula de uma derrota’ ao prendê-lo em 2018

Ex-juiz criticou decisão do STF que anulou os processos e devolveu os direitos políticos ao petista: ‘Erro judiciário’

Sérgio Moro e Jair Bolsonaro. Foto: Marcos Corrêa/PR
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O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) afirmou na terça-feira 23 que nunca ‘teve animosidade’ com o ex-presidente Lula (PT) e que, ao mandar prendê-lo, poupou o petista de uma derrota nas eleições em 2018. As declarações foram dadas em entrevista ao canal CNN Brasil.

“O ex-presidente insistiu na sua candidatura em 2018 quando estava inelegível. E, no fundo, ele foi poupado de uma derrota, porque havia na memória das pessoas muito claro não só esses modelos de corrupção do Partido dos Trabalhadores, mas a grande recessão de 2014 a 2016, as pessoas se esquecem. E as sementes dessa recessão foram plantadas durante o governo Lula”, afirmou o presidenciável.

Ainda na conversa, o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro defendeu as sentenças que proferiu contra o ex-presidente, alegando que não se tratou de qualquer perseguição política. Os processos conduzidos por Moro foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal. Sobre as decisões do STF, ele disse ter sido um ‘erro’ do tribunal.

“Erro judiciário”, disse. “O tempo vai dizer”, completou Moro em seguida.

Filiado ao Podemos e pré-candidato à Presidência da República, Moro busca se distanciar da figura de Bolsonaro. Ele esteve por mais de um ano sendo um dos principais nomes da equipe do atual governo. A filiação foi lida como uma confirmação de que atuou politicamente enquanto era juiz.

Nas pesquisas recentes, Moro aparece em terceiro lugar, ultrapassando o pedetista Ciro Gomes, mas ainda atrás de Lula e Jair Bolsonaro.

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