CartaExpressa
‘Jogo dentro da Constituição, mas posso jogar com as armas do outro lado’, diz Bolsonaro após decisão de Moraes
O presidente da República dobra aposta nos ataques ao STF e ao TSE
O presidente Jair Bolsonaro se manifestou na noite desta quarta-feira 4 sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de inclui-lo no Inquérito das Fake News, que corre no STF. Para o ocupante do Palácio do Planalto, trata-se de uma “precipitação”. Ele também voltou a fazer ameaças.
“Um presidente da República pode ser investigado? Pode, em um inquérito que comece lá no Ministério Público, e não diretamente de alguém interessado. Esse alguém vai abrir o inquérito, como abriu, catar provas e julgar? Eu jogo dentro das quatro linhas da Constituição e jogo, se preciso for, com as armas do outro lado”, disse Bolsonaro em entrevista à Rádio Jovem Pan.
Em decisão tomada nesta tarde, Moraes acolheu uma notícia-crime encaminhada na segunda-feira 2 pelo Tribunal Superior Eleitoral. Assim, Bolsonaro passa a ser formalmente investigado no âmbito do Inquérito das Fake News.
No despacho, o magistrado afirma que as condutas do presidente podem configurar sete crimes: calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime ou criminoso, associação criminosa e denunciação caluniosa.
Relacionadas
CartaExpressa
Zanin será o relator de ação do governo Lula contra desoneração da folha
Por CartaCapitalCartaExpressa
Barroso: Brasil vive um momento de estabilização democrática e as instituições prevaleceram
Por CartaCapitalCartaExpressa
TSE condena União Brasil a devolver R$ 765 mil por gastos irregulares do PSL em 2018
Por Marina VereniczCartaExpressa
Kassio libera para julgamento ação sobre a Lei das Estatais; relembre o que está em jogo
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.
Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.