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Há indícios de que assessores de Carlos Bolsonaro eram funcionários fantasmas, aponta MP à Justiça

O órgão menciona também a possibilidade de que ‘a remuneração de seus cargos fosse desviada pelo agente público’

O vereador Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro seriam os principais envolvidos na operação do 'gabinete do ódio'. Foto: Reprodução/Facebook
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O Ministério Público do Rio de Janeiro informou à 1ª Vara Criminal Especializada do Rio que oito ex-funcionários do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro, mantiveram ocupações incompatíveis com o trabalho de assessor na Câmara Municipal.

Segundo a conclusão do MP, divulgada nesta terça-feira 21 pelo jornal O Globo, há indícios de que “diversos assessores (…) não cumpriam o regular expediente na casa, podendo assim ser considerados ‘funcionários fantasmas’”. O órgão menciona também a possibilidade de que “a remuneração de seus cargos fosse desviada pelo agente público”.

Para o MP, “não seria aceitável que funcionários ‘fantasmas’ exercessem outras atividades remuneradas em período incompatível com a jornada pública de trabalho” na Câmara.

Em maio, a Justiça do Rio autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Carlos. A decisão atendeu a um pedido do MP na investigação que apura suspeitas de ‘rachadinha’ e contratação de funcionários ‘fantasmas’.

As apurações contra o vereador tiveram início a partir de uma reportagem da revista Época que mostrou que duas funcionárias nomeadas como assessoras parlamentares afirmaram nunca ter trabalhado no gabinete.

A investigação começou sob responsabilidade do então procurador-geral de Justiça do Rio, José Eduardo Gussem, mas desceu para 1ª instância depois de o Supremo Tribunal Federal decidir que vereadores não têm direito a foro especial. Desde então, passou a correr na 3ª Promotoria de Investigação Penal.

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