CartaExpressa

Governo usou dados defasados para criação do Auxílio Brasil

Substituto do Bolsa Família já nasceu com uma fila de espera de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas

Divulgação/Ministério da Cidadania
Apoie Siga-nos no

O governo do presidente Jair Bolsonaro usou dados desatualizados sobre a pobreza no País para formatar o Auxílio Brasil, programa de distribuição de renda que substitui o Bolsa Família. A informação é do portal UOL. 

Os números usados como base para a criação do programa são do Censo de 2010 e o critério para estabelecer beneficiários do novo auxílio considera o percentual de famílias pobres daquele ano, causando uma distorção da realidade. 

Segundo os dados, 13,8 milhões de brasileiros seriam elegíveis como público-alvo. No entanto, atualmente, mais de 18 milhões de famílias encontram-se em situação de vulnerabilidade, conforme o Cadastro Único, atualizado em setembro. Apenas 14,5 milhões foram atendidos pelo programa em novembro. Outros 3,5 milhões aguardam na fila de espera.

O Censo 2020 foi adiado por conta da pandemia de Covid-19 e seria feito em 2021, mas o governo federal adiou novamente a realização da pesquisa nacional por falta de verba. 

O portal questionou o Ministério da Cidadania sobre a base de dados usada. Em resposta, a pasta afirmou que em 2022 “está prevista a atualização dessas informações, dada a necessidade de atender com mais eficiência as famílias em situação de vulnerabilidade, garantindo a oferta de condições e oportunidades para a melhora da qualidade de vida desses cidadãos”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.