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Farm divulga cupom de venda com nome de Kathlen e é alvo de críticas
A loja anunciou que as comissões sobre as vendas seriam revertidas para a família da jovem, morta com uma bala perdida no Rio de Janeiro
Uma ação da rede de lojas Farm, do grupo Soma, vem sendo alvo de críticas nas redes sociais. Nesta quarta-feira 9, a marca se posicionou no Instagram lamentando a morte da jovem Kathlen Romeu, vítima de uma bala perdida na zona norte do Rio de Janeiro, e anunciou um cupom de vendas em seu nome, a fim de reverter o valor das comissões de vendas para a família da vítima. Kathlen trabalhava em uma das lojas da marca, em Ipanema, zona sul da cidade.
“Lamentamos profundamente que nossa querida Kathlen Romeu e o bebê que gestava há 14 semanas, tenham sido alvo de mais um intolerável episódio de violência urbana ontem em nossa cidade. Estendemos nossas condolências à família de Kath, que terá todo o nosso apoio e suporte em tudo que se faça necessário”, diz um trecho do post.
“A partir de hoje, toda a venda feita no código de Kathlen – E957 – terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela”, anuncia outro trecho da publicação. A marca também afirmou que vai disponibilizar suporte psicológico e emocional “a todos os que necessitem através do nosso gente & gestão”.
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Diversos comentários acusam a marca de se promover em cima da morte da jovem de 24 anos. “Vocês só podem estar brincando com a nossa cara. Tão tentando vender produto em cima da morte de uma pessoa negra”, escreveu a criadora de conteúdo digital, Andreza Delgado.
“Isso é um absurdo. Estão capitalizando em cima da morta de uma pessoa preta. Não gente, pelo amor de Deus não. Se querem ajudar, simplesmente ajudem, cupom? Não”, escreveu o também criador de conteúdo Levi Kaique Ferreira.
A líder de diversidade da Farm, Caroline Sodré, publicou um vídeo após o ocorrido pedindo desculpas pela ’emoção, euforia e inocência’ da ação que repercutiu de maneira negativa.
“No calor do momento achamos que seria de bom tom o time interno divulgar o cupom com o nome da Kath porque a gente queria usar esse lucro para reverter para auxílio da família. Pensamos no cupom porque era uma forma de outras pessoas também poderem contribuir, para além de outras ações internas que também visam o repasse de verbas”, disse Caroline, que afirmou que os curtos de velório e funeral foram assumidos pela empresa, como apoio.
“A questão do código foi só um detalhe que, na euforia e na inocência, soltamos dentro de uma reunião e achamos que seria de bom tom. O ponto nunca foi sobre vendas, promover a Farm. Às vezes pode parecer que foi um posicionamento de marca, de empresários e isso foi construído por pessoas diversas, negras, LGBTQIA+, trans, pessoas que estão no comitê da Farm”, completou, ao pedir desculpas. “Eu entendo os ataques, devastada duplamente aqui”.
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