CartaExpressa
‘Estão ficando irrelevantes para nós’, diz Guedes sobre o mercado europeu
Ministro da economia disse que Brasil pode se voltar somente à China
O ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou na terça-feira 9 ‘ligar o foda-se’ para o mercado europeu, que, segundo ele, estaria se tornando ‘irrelevante’ para o Brasil. O comércio com a região, de acordo com o próprio ministro, é de 7 bilhões de dólares.
Segundo Guedes, ele fez a ameaça de romper relações com a Europa pessoalmente a um ministro da França ao pedir que o país abrisse mais mercado ao Brasil. Ele não citou o nome da autoridade, mas relatou o diálogo a empresários brasileiros durante um evento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
“Nosso comércio com vocês [europeus] era de 2 bilhões de dólares no início do século. Com a China foram 2 bilhões de dólares também. Hoje, nós comercializamos com vocês 7 bilhões de dólares. E comercializamos com a China 120 bilhões” disse Guedes ao relatar o diálogo com o ministro francês. “Vocês [europeus] estão ficando irrelevantes para nós. É melhor vocês nos tratarem bem porque se não vamos ligar o ‘foda-se’ para vocês e vamos para o outro lado porque estão ficando irrelevantes”.
No evento, Guedes também celebrou o desempenho da sua gestão ao dizer que o País está ‘em pé’ e atravessa ‘um longo ciclo de crescimento’. O ministro omite, no entanto, o descontrole de preços, desemprego e outros recordes negativos registrados pelo País sob o comando de Jair Bolsonaro (PL).
Ainda no discurso, prometeu que o País fechará o ano com 8% de desempregados. Atualmente, a taxa é de de 9,3% e a desocupação atinge mais de 10 milhões de brasileiros.
Relacionadas
CartaExpressa
Denunciado por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, Jair Renan se filia ao PL
Por CartaCapitalCartaExpressa
O que o embaixador da Hungria disse ao Itamaraty ao ser questionado sobre esconderijo de Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Pai de Mauro Cid vai prestar novo depoimento à PF nesta terça-feira
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes dá 48 horas para Bolsonaro explicar esconderijo em embaixada da Hungria
Por CartaCapitalUm minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.