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Em relatório paralelo, bolsonaristas da CPI dizem que presidente errou, mas não cometeu crime

O documento deve ser divulgado nos próximos dias; no entanto, a tendência é de que nem seja analisado pela comissão

O senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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Senadores da CPI da Covid que apoiam o presidente Jair Bolsonaro preparam um relatório paralelo ao de Renan Calheiros (MDB-AL) em que pedirão a nulidade do texto do emedebista. A informação foi antecipada por Marcos Rogério (DEM-RO) ao site Poder360 na segunda-feira 18.

“Eu sustento a tese de nulidade do trabalho deles porque impediu o acesso dos senadores às provas, só o Renan tinha acesso, então é nulo”, declarou o parlamentar.

No texto, governistas irão pedir ao Ministério Público que investigue os contratos fechados por estados e municípios durante a pandemia. A tese é de que o dinheiro foi repassado pelo governo federal, mas teria sido desviado por governadores e prefeitos. A sustentação de Rogério e outros bolsonaristas é de que a CPI focou apenas no governo federal e não investigou outras administrações públicas, como o Consórcio Nordeste, que reúne governadores de nove estados.

Para o senador, diferente do relatório oficial, nenhum crime será imputado ao governo federal, que teria cometido apenas erros, mas nenhum delito.

“Não há qualquer evidência que aponte para alguma conduta que tenha tido dolo, que tenha tido intenção. Todas as acusações que surgiram ali você não tem prova de nada. Nenhuma prova, nenhuma evidência. Erro teve, mas erro identificado e corrigido. Como é que você vai punir algo que quando você olha para ele a outra parte diz que já identificou esse erro e está corrigindo?”, defendeu o governista.

O relatório paralelo deve ser divulgado nos próximos dias, no entanto, a tendência é de que nem seja analisado pela comissão, uma vez que o relatório oficial conta com a maioria para aprovação.

O relatório oficial da CPI da Covid no Senado será lido nesta quarta-feira 20. O documento deve apontar 11 crimes cometidos por Bolsonaro e pedir o indiciamento de ministros do governo e outros aliados do presidente. O vazamento de parte do relatório, porém, causou atritos e discordâncias entre a cúpula de senadores da comissão.

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