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Delegada negra é impedida de entrar em loja de roupas por ‘questões de segurança’

O caso ocorreu em uma unidade da Zara, no shopping Iguatemi, de Fortaleza; a Polícia Civil apura se houve racismo

Créditos: Delegada Ana Paula Barroso denuncia loja por racismo após ter sido barrada. Foto: PCCE/Divulgação Créditos: Delegada Ana Paula Barroso denuncia loja por racismo após ter sido barrada. Foto: PCCE/Divulgação
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Uma delegada negra afirma ter sido barrada na entrada de uma loja da Zara, no Shopping Iguatemi, em Fortaleza (CE). A vítima, Ana Paula Barroso, que denuncia racismo por parte do estabelecimento, tentou acessar a loja no último dia 14 e foi avisada por um funcionário que ela não poderia entrar por ‘questões de segurança’.

A mulher é diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis, da Polícia Civil do Ceará. Um inquérito policial foi aberto junto a Delegacia da Mulher de Fortaleza para apurar o caso.

Após a denúncia, foi solicitada à loja que entregasse as imagens das câmeras de segurança do local, o que foi negado segundo a Secretaria de Segurança do Ceará. Diante a negativa, houve a representação de um pedido de busca e apreensão junto ao Judiciário que deferiu o pedido.

Com isso, a Polícia Civil apreendeu no domingo 19 os equipamentos de vídeo da loja para que sejam utilizados no andamento das investigações. Circula nas redes sociais um vídeo do momento em que a Polícia Civil chega ao estabelecimento para cumprir o mandado.

A injúria racial e racismo são crimes previstos no artigo 140 do Código Penal, parágrafo 3º, e estabelece como pena a reclusão de um a três anos e multa, além de sanção correspondente à violência cometida.

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