Abraham Weintraub (PMB), ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro e pré-candidato ao governo de São Paulo, admitiu nesta quarta-feira 25 que a derrota do antigo chefe para Lula (PT) nas eleições deste ano é o ‘cenário mais provável’ neste momento.
Ex-aliado de primeira ordem do atual presidente, ele disse não confiar mais no ex-capitão e que a derrota será motivada pelo desempenho ruim na economia, além de novos escândalos políticos que ainda virão à tona.
“Eu diria que esse cenário é o mais provável hoje. Infelizmente, o presidente Bolsonaro não deve se reeleger, e o Lula deve ser presidente. Daqui até a eleição as coisas só vão piorar na parte econômica, e na parte política vão aparecer mais escândalos”, avaliou o ex-ministro em entrevista ao jornal O Globo.
Segundo contou, ele não irá fazer campanha para Bolsonaro porque o presidente não é mais digno de confiança. Na entrevista, questionado se Bolsonaro seria um ‘homem honesto’, Weintraub se esquivou.
“Não [vou fazer campanha para Bolsonaro], porque não confio mais, mas sempre vou votar contra o Lula. Não anulo voto”, disse sem deixar claro se irá apoiar o ex-capitão já no primeiro turno.
“Eu não acho que ele tenha pego nada para ele na física (materialmente). Mas isso só não basta. Ser honesto é diferente de ser conivente. Acho que ele está vendo os caras aprontarem, não é possível”, disse Weintraub ao ser questionado sobre a honestidade do antigo chefe.
Na conversa, Weintraub não deixa claro a quais escândalos se refere, nem mesmo quais integrantes do atual governo estariam ‘aprontando’ com a conivência do ex-capitão. A única pista deixada por ele é que os esquemas seriam feitos por integrantes do Centrão.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login