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Bolsonaro ataca Luiza Trajano por ter ‘declarado amor’ a Lula

Presidente também voltou a acenar ao Centrão e criticou a direita brasileira, que, segundo ele, ainda nem existe

Foto: Reprodução
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Em conversa com apoiadores no cercadinho do Alvorada nesta segunda-feira 21, o presidente Jair Bolsonaro atacou a empresária Luiza Trajano por, segundo ele, ter ‘declarado amor’ ao ex-presidente Lula.

“Você não vê empresário socialista. Tem só uma mulher que é socialista que perdeu 30 bilhões quando anunciou aí amor pelo nove dedos”, disse rindo aos apoiadores.

Sem mencionar diretamente a empresária, os apoiadores concordaram com a afirmação e gritaram ao fundo: ‘e ainda quer ser vice’, em referência a uma suposta chapa que seria formada entre ela e Lula para 2022. Tanto Lula, quanto Luiza negaram a aproximação.

Ainda sobre as eleições do ano que vem, Bolsonaro pregou sua continuidade no cargo alegando que os demais candidatos estariam ‘estragados’.

“O que digo das eleições é que é um self-service. Tem uns dez pratos na mesa, mas tem uns oito estragados ali”, disse aos apoiadores.

Para concorrer à reeleição, no entanto, Bolsonaro precisa se filiar a um novo partido. Ao que tudo indica, o destino será o PL de Valdemar Costa Neto. Sobre o tema, sem citar diretamente a legenda ou o dirigente, Bolsonaro acenou ao Centrão e criticou a direita brasileira.

“Até pouco tempo o pessoal não sabia de nada de política. Nem direita existe ainda, está em formação. Tem aparecido os falsos conservadores, aí apareceu bastante. Bastante não, uns conhecidos aí”, destacou.

Esta é a segunda vez em menos de um mês que Bolsonaro, dito ícone da direita conservadora, ataca o grupo que o elegeu. Antes, havia dito que, tirando o Centrão, só existiria esquerda no Brasil.

Ainda na conversa, atacou Lula e disse que se o petista for eleito irá trazer os mesmos nomes que ocuparam ministérios na outra gestão. Segundo ele, voltaria ao poder uma ministra que defenderia pedofilia, requentando uma fake news contra Maria do Rosário.

Aos apoiadores, também reconheceu que sua popularidade caiu com a alta da inflação e com o aumento de preço dos combustíveis no País.

“O que é meu calcanhar de Aquiles? A inflação e o preço de combustível. Sim, está no mundo todo, inclusive em alguns países com desabastecimento. Pode ter certeza que na economia é um dos países que menos tá sofrendo na pandemia”, disse, minimizando o baixo desempenho do Brasil na sua gestão.

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