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Barroso diz que ataques de Bolsonaro às urnas influenciam uma parcela muito pequena da população

‘Acho que nós já superamos os ciclos do atraso e que não há risco de retrocessos’, afirmou o magistrado

Luís Roberto Barroso e Jair Bolsonaro. Fotos: Nelson Jr./STF e Evaristo Sá/AFP
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O ministro Luís Roberto Barroso, que deixará a presidência do Tribunal Superior Eleitoral na próxima semana, afirmou não acredita que haja ameaças reais que possam prejudicar as eleições deste ano.

O magistrado disse ainda que os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro encontra eco em somente 20% da população.

“Eu não acho que haja uma ameaça real, mas houve momentos de preocupação, como o comício na porta do quartel-general do Exército, como tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, como ataques infundados ao sistema eleitoral, o pronunciamento do 7 de Setembro com ofensas ao ministro do Supremo e a declaração de que não cumpriria mais decisões judiciais”, declarou ao jornal Folha de S.Paulo em entrevista publicada nesta quinta-feira 17.

“Acho que nós já superamos os ciclos do atraso e que não há risco de retrocessos, mas eu gosto de citar uma frase da Legião Urbana em que eles dizem “não tenho medo do escuro, mas deixe as luzes acesas”, acrescentou.

Para Barroso, “a percepção crítica do sistema eleitoral é de uma parcela muito pequena da população”.

“O próprio Datafolha fez a pesquisa e deu pouco mais de 20%”, ressaltou. “Portanto, o presidente falando todos os dias contra o sistema gerou desconfiança em pouco mais de 20% da população. Certamente, gente que não conviveu com todas as fraudes que havia no tempo do voto em papel”.

 

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